Pertenço á geração dos filhos dessa época, filhos de corações quebrados, filhos da ira e das ovelhas desgarradas... Ovelha negra; negra é a noite que ando sujando, sujando as ruas com meus pensamentos e as calçadas com meu descontentamento.
Um mundo que enxergamos em preto e vermelho, um arco íris cinza, poetas e romancistas de uma época sem paz, sem novidade, sem igualdade, sem, sem, sempre sem tudo e sem nada.
É a ausência das coisas que nos faz criar coisas, é a ausência de sentimentos que nos faz escrever, é o vazio impreenchível que nos faz saltar de nós mesmos para afogarmos novamente em nossa realidade.
A geração dos que tem e não-tem a liberdade, a geração do meio termo, da sexualidade... A geração que espelha para uma nova ser igual – matamos a inovação!
Pois quando tiramos os sentidos das coisas é quando as coisas fazem maior sentido.
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