Marianne
"Blogueiros por um mundo melhor - nós fazemos a diferença"!

Espero estar fazendo certinho. Um bom amigo de blog e educador, Gilmar (Caminhar & Ruminar), me passou essa iniciativa, demorei um pouco pra refletir sobre o tema, mas segue:



UMA DAS CHAVES É A (RE)EDUCAÇÃO


Pensar em um mundo melhor é pensar em tantas coisas. Devido ao campo que estou de estudo, não tem como pensar nisso sem ter a influência dos grandes pensadores e escritores.

Penso que, educar de forma diferente a geração que está por vir e a que está crescendo, seria uma das maneiras de recriar um mundo melhor. Mas como? Observando todos os erros cometidos pelas gerações que se foram e pelas gerações que ainda estão aqui e corrigir, ou melhor, evitar que esses erros ocorram com nossas crianças. Teria muita coisa para analisar sobre isso, uma delas por exemplo seria educar indivíduos de maneira que não se acomodem no senso comum e nem sejam um bando de alienados nos vícios, sejam eles no consumo, nas drogas (farmacêuticas ou ilegais), enfim, em tudo.

Se eu fosse escrever uma longa reflexão sobre isso, eu usaria três grandes obras para refletir:

Emílio – Rousseau
Introdução ao Pensamento Complexo - Edgar Morin
Novum Organum – Francis Bacon

Em Emílio, Rosseau vai trabalhar com a educação de um indivíduo desde o instante do parto, a proposta que ele oferece é muito interessante, ele cria esse indivíduo até a maturidade. Óbvio, não tem como ter a absoluta certeza de que tal individuo irá seguir perfeitamente o que Rosseau sugere, principalmente porque a mente humana é imprevisível, mas tem muita coisa nessa obra que da pra aproveitar muito no trabalho da educação.

Na obra de Edgar Morin, ele vai estabelecer um pensamento que descarta o método cartesiano, mecanicista, de dividir uma coisa em partes para entender o todo, dois exemplo que posso citar, dividir o relógio em pedaçinhos para entender ele todo, até mesmo na medicina, cada doutor é especialista em uma parte do corpo, somos tão “doutrinados” a dividir tudo, que acabamos não dando atenção ao todo, enfim, mas o que isso tem a ver com educação e mundo melhor? Vejamos, não adianta trabalhar com indivíduos isolados na sociedade, temos que trabalhar com o individuo e com a sociedade, considerando que o individuo é uma parte e a sociedade é o todo. Pra não prolongar muito, eu recomendo essa obra, é muito interessante.

Em Novum Organum, Francis Bacon irá falar dos “ídolos”, os ídolos que temos que nos libertar, como estou escrevendo de cabeça, vou adotar o resumo da Wikipédia pra dar uma leve passagem sobre o que são esses ídolos:

"No que se refere ao Novum Organum, Bacon preocupou-se inicialmente com a análise de falsas noções (ídolos) que se revelam responsáveis pelos erros cometidos pela ciência ou pelos homens que dizem fazer ciência. É um dos aspectos mais fascinantes e de interesse permanente na filosofia de Bacon. Esses ídolos foram classificados em quatro grupos:

1) Idola Tribus (ídolos da tribo). Ocorrem por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis. São assim chamados porque são inerentes à natureza humana, à própria tribo ou raça humana.
2) Idola Specus (ídolos da caverna). Resultam da própria educação e da pressão dos costumes. Há, obviamente, uma alusão à alegoria da caverna platônica;
3) Idola Fori (ídolos da vida pública). Estes estão vinculados à linguagem e decorrem do mau uso que dela fazemos;
4) Idola Theatri (ídolos da autoridade). Decorrem da irrestrita subordinação à autoridade (por exemplo, a de Aristóteles). Os sistemas filosóficos careciam de demonstração, eram pura invenção como as peças de teatro."

Acredito que nossa cultura está um tanto “poluída” de ilusões, de mentiras, de fantasias, que bloqueia nossa visão, não nos permite enxergar boas maneiras de convivência com outrem. A proposta de Bacon é muito interessante também.

O que eu gostaria de deixar, não é uma solução, mas uma nova visão, os antepassados deixaram tantos materiais no intuito de fazer com que as pessoas criassem consciência e percebesse os fenômenos que ocorrem ao nosso redor, mas todos estão tão ocupados investindo em bolsa de valores, em convencer a população a consumir, que pouco importam o quanto tem que explorar e destruir pra isso...

Para um mundo melhor eu indicaria uma reavaliação da nossa educação, um investimento na geração que está por vir, educação sem alienações, sem “ídolos”, sem fantasias, sem pressões, uma educação sadia e bons educadores que gostam do que faz e não o que vemos hoje - óbvio, não são todos, mas uma parcela quantitativa.

No mais, já prolonguei muito, mas gostei da iniciativa, se leram até aqui, obrigada pela paciência.

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Eu indico:

Contra Correnteza

(...) A maioria dos que eu sigo eu indico.

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As regras são as seguintes:

a - exibir, no blog, a imagem do selo e apoiar;
b - colocar o link do blog que lhe deu o selo;
c - indicar o número de blogs que quiser;
d - postar "algo" dizendo como se deseja que o mundo seja. Como esse mundo pode ser melhor.
1 Response
  1. Gilmar Says:

    Fiquei muito feliz, Marianne, que tenha acolhido o selo. E você foi muito , mas muito feliz na sua proposta! É como diz Bernardo Toro, que nenhuma mudança se faz somente pela educação, mas que com certeza, toda e qualquer transformação só se faz passando por ela.

    Os pensadores, por você citados, são sim, referênciais imprescindíveis. Mas, permita-me, Paulo Freire merece igual consideração. O meu livro, dentre os prediletos, é Pedagogia da Autonomia. Nesse livro ele transita pelos saberes essenciais ao educador. Não vou discorrer sobre ele. Vou deixar que sua curiosidade o busque. Depois me conta!

    Há um texto meu publicado do Caminhar e Ruminar, onde falo dos reclames da educação! E ela só quer o nosso fazer crítico, responsável e soidário, porque as competências são construídas.

    Prolonguei demais!

    Abraços, Marianne! E obrigado pela acolhida!


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