Marianne

Chora em mim a sua lágrima e o meu silêncio é o seu maior barulho, afasta de mim esse olhar fútil, cale essas palavras doentias. Não me fale de paixão, não fale aos outros de amor, amor e paixão só os poetas entendem – não somos poetas, somos loucos e doentes. Você de tanto querer ser muitos, não nota que és um nada? Você é uma concha vazia que o mar rejeitou na areia, jogou pra fora de suas águas, é a árvore que cai e ali fica, porque ninguém vê, ninguém ouve. Você é um andarilho nessa vida, um corpo sem alma, um coração sem pulsação, um sorriso no escuro, um violino sem cordas... Você já não sabe mais o que é realidade e o que é fantasia. Você é a síntese de angústia e desespero, tudo em você é transmissível, é contagioso. Você é o tudo de um nada que eu nunca vou conhecer...
1 Response
  1. triste e de uma honestidade enorme.


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