(...)
Contudo os homens matam o que amam
Seja por todos isto ouvido,
Alguns o fazem com acerbo olhar,
Outros com frases de lisonja,
O covarde assassina com um beijo,
O bravo mata com punhal!
Uns matam seu amor, quando são jovns,
Outros quando velhos estão;
Com as mãos do Desejo uns estrangulam
Outros do Ouro com as mãos;
Os de mais compaixão usam a faca,
O morto assim logo se esfria.
Uns amam pouco tempo, outros demais;
Este o amor compra, aquele o vende;
Uns matam a chorar, com muitas lágrimas,
Outros sem mesmo suspirar:
Porque cada um de nós mata o que ama,
Mas nem todos hão de morrer.
Duma morte infamante ele não morre
Num negro dia de desgraça,
Nem corrediço nó tem no pescoço,
Nem lhe cobrindo o rosto um pano,
Nem, faltando o soalho, os pés lhe caem
Pendentes no vazio espeço.
WILDE. Oscar. Obra Completa.- Rio de Janeiro: Editora Nova Aguiar, 1993.
Contudo os homens matam o que amam
Seja por todos isto ouvido,
Alguns o fazem com acerbo olhar,
Outros com frases de lisonja,
O covarde assassina com um beijo,
O bravo mata com punhal!
Uns matam seu amor, quando são jovns,
Outros quando velhos estão;
Com as mãos do Desejo uns estrangulam
Outros do Ouro com as mãos;
Os de mais compaixão usam a faca,
O morto assim logo se esfria.
Uns amam pouco tempo, outros demais;
Este o amor compra, aquele o vende;
Uns matam a chorar, com muitas lágrimas,
Outros sem mesmo suspirar:
Porque cada um de nós mata o que ama,
Mas nem todos hão de morrer.
Duma morte infamante ele não morre
Num negro dia de desgraça,
Nem corrediço nó tem no pescoço,
Nem lhe cobrindo o rosto um pano,
Nem, faltando o soalho, os pés lhe caem
Pendentes no vazio espeço.
WILDE. Oscar. Obra Completa.- Rio de Janeiro: Editora Nova Aguiar, 1993.
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