Marianne
Eu perdi tanto tempo me perdendo em coisas levianas, perdendo o tempo me preocupando com a imagem que eu estava a todo tempo enfeitando para os outros, perdendo o tempo com pessoas que eu realmente não precisava, por simplesmente entender agora que não precisamos de ninguém que não queira estar do nosso lado. Perdi tempo procurando coisas que nunca perdi, pelo simples fato dessas coisas nunca me pertencerem.

E no silêncio da certeza do único destino que espera por cada um, notei que tudo o que não fiz é o tudo que me faz chorar. Como sentar do lado de uma idosa que chorava e dar um minuto da minha atenção para suas lágrimas, como abraçar os meus pais numa manhã e falar o quanto os amo, como tocar os ombros de um amigo que precisava de um colo, como olhar nos olhos de quem eu entreguei minha alma e falar que tudo estava bem, que eu o amava de verdade e que a felicidade dele era mais importante que uma obsessão de querer ele só pra mim.

Sempre calculei as doses de carinhos a ser dada ao outro.
Sempre evitei qualquer afeto físico, como um simples abraço, por ser maliciosa demais.
É... Malícia demais nos deixa como gato arisco, evitando a todo tempo o mínimo toque, como um simples aperto de mão ou um beijo no rosto...

Poucas palavras...

Fiquei jogando o tempo todo com a vida das pessoas pra satisfazer pequenos caprichos meus e concluir grandes observações e esqueci de viver a minha própria vida... Devo estar usando o pouco do saber de forma errada...

Pequeno caos não pede por ordem.
Marianne

Você tem medo e por isso foge. Foge agora para não ter que fugir de todos os pensamentos que invadirão sua cabeça depois. Foge para não ter que explicar para ninguém o porque do seu afastamento. Foge de mim porque acha que daqui a pouco estará fugindo de você e teme não saber achar o caminho de volta.
Você tem medo e por isso termina. Termina com medo de começar. Termina com medo de se envolver. Tem medo de tropeçar com a linha da vida. Tem medo que a linha da sua vida dê nó em outra e você não consiga mais desatar.
Você tem medo de pensar em mim mais do que em você. Tem medo de ligar, todo o dia, para perguntar obviedades. Tem medo de não conseguir estudar. Tem medo de não conseguir trabalhar. Tem medo de esquecer sua família. Tem medo de só pensar em mim.
Tem medo de perder a independência. Tem medo de perder a solidão. Tem medo de perder quase tudo.
Luta contra o amor, com medo de se prender. Mais do que isso. Tem medo de não se soltar nunca mais.
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Marianne

Você se esconde atrás dessa pele, desses músculos, desses ossos...
Mas ao mesmo tempo onde está você quando se retira isso tudo?
Por isso ninguém mais te vê quando o seu eu se desnuda

Então chegou o momento que você assiste o abandono da sua quimera
Fera insana dissoluta no deserto das suas melancolias
As veias que pulsam o caminho do sangue em torno do seu coração
Transformam-se em grotescos arames farpados diminuindo-te por dentro
Será sempre dessa forma – aceite a sua condição
É você por todos e ninguém por você!
Todos estão desesperados por uma máscara
Você deixou a sua trincar e não se deu conta
É preciso de máscaras, muitas máscaras...

Mas eu prefiro ouvir meu réquim junto das minhas lembranças
E mais um ano estarei – (in) felizmente – aqui, desejando meus votos
Pois não restou ninguém para preencher o vazio que você causou

Não há mal em ouvir nossa valsa tão distante
As lágrimas no paraíso sempre serão derramadas...

I want to destroy something good tonight… like you.
Marianne
Essas frases são de um seriado que eu gosto (Gossip Girl), e achei nesse site aqui: DONA DA MANGA



“Às vezes, a única coisa que nos resta é abraçar o outro, e então… Dizer adeus”.

“Alguns dizem que o amor é um rio; alguns dizem que o amor é uma música boba; alguns dizem que o amor está ao nosso redor, nos eleva para onde pertencemos; alguns dizem que o amor é ouvir risadas durante a chuva, mas todos nós sabemos que o amor é um sofrimento.”

“Às vezes, as estrelas alinham-se para dois velhos amores ficarem juntos. Mas, às vezes elas alinham-se para duas velhas chamas queimarem. Está imaginando o que a noite está nos reservando, amor ou fogos de artifício?”

“Eu sei que ódio é uma palavra forte, mas tudo bem : somos adolescentes. Temos de odiar as pessoas ás vezes, especialmente aquelas que nem são nossos parentes e que não pedimos para conhecer”

“Existem três coisas que fazemos sozinhos. Nascemos, morremos, e se estivermos no ultimo ano de colégio fazemos vestibular. E enquanto que o teste mede os nossos atributos, se preparar para ele, inevitavelmente traz à tona o pior. Humildade se torna insegurança; esforço se torna obsessão. Alguns optam por se automedicar. Enquanto outros se agarram à segurança de fazer parte de um grupo. E quem normalmente se submete às regras, irá quebrá-las.”

“Uma rainha adormecida acordou com seu verdadeiro beijo. Uma princesa que coloca sua coroa de lado para progredir. Amantes separados se unindo novamente. Mas a vida nao é um conto de fadas e finais felizes são poucos e raros. Na vida uma jovem rainha vira uma tirana. E leva seus suditos para a gerra.”

“Se você é o que veste, é melhor vestir a parte que quer. Algumas damas sortudas não fazem nada errado. Elas são perfeitas e tem os acessórios certos. Mas a maioria das garotas se cansam do visual velho, e elas farão quase tudo para ter uma peça nova em folha. E há aqueles com nenhuma visão de si mesmos. Ladrões da moda que irão roubar a camisa de você. Mas o que quer que você vista, esteja sempre para matar”.

“Em matéria de amor e guerra, todas as armas machucam. A pergunta é, quem viverá para lutar mais um dia?”

“Destino é para manés... É só uma desculpa idiota para deixar as coisas acontecerem em vez de fazer com que elas aconteçam.”

“Não deixem que digam que vocês devem ser felizes com o que têm. Sempre há mais, e não existe motivos para que vocês não tenham tudo!”

“Charme é ótimo, mas no mundo real, conhecimento é poder.”

“Não importa qual seja a verdade, as pessoas vêem o que querem ver.”

“Há músicas que nos fazem querer dançar, músicas que nos fazem querer cantar junto, mas as melhores músicas são aquelas que nos levam de volta à primeira vez em que ouvimos, e mais uma vez partem nosso coração.”

“Aí é que está. Precisa ser fria para ser rainha. Anna Bolena só pensava com seu coração e foi decaptada, então sua filha, Elizabeth, prometeu nunca se casar. Casou com seu país. Esqueça os garotos. Mantenha seu olho no prêmio, Jenny Humphrey. Não pode fazer as pessoas te amarem, mas pode fazê-las temê-la. Se faz diferença… é minha rainha. Escolho você.” [Um dos diálogos mais sinceros]

“Às vezes, é a verdade que você tenta não enfrentar, ou a verdade que vai mudar sua vida.
Às vezes, é a verdade que está chegando há muito tempo.. ou a verdade que nunca deveria ver a luz do dia.
Algumas verdades podem não ser ouvidas como gostaríamos.
Mas elas permanecem, bem depois de serem ditas.
Mas o tipo de verdade que eu mais tenho medo, é aquela que você não percebe, que cai bem no seu colo.”

“O problema dos novos começos é que eles precisam de algo para terminar. Alguns finais levam um tempo para se revelarem. Mas quando isso acontece, eles são mais fáceis de ignorar. Alguns começos iniciam tão silenciosamente, que você nem nota quando acontecem. Mas muitos finais vêm quando você menos espera. E o que eles pressagiam é mais negro do que você imagina. Nem todos os começos são para se celebrar. Muitas coisas ruins começam: brigas, época de gripe. E a pior de todas… Quero começar algo.”

“Eu não preciso de ninguém que não queira estar comigo.”

“As estrelas que brilham mais fortes, são as que queimam mais rápido.”

“Aprendi que se não podemos arrancar uma página da vida, podemos jogar o livro inteiro no fogo.”

“E as vezes é preciso se aventurar fora do seu mundo para se encontrar.”
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Marianne
Ouvi uma música na novela das seis, ao chegar da faculdade e achei a letra uma graça!

Música: O Tempo
Banda: Móveis Coloniais de Acaju

A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim
Parece que até jantei
Com toda a família e sei
Que seu avô gosta de discutir
Que sua avó gosta de ouvir você dizer que vai fazer

O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim

Espero o dia que vem
Pra ver se te vejo
E faço o tempo esperar como esperei
A eternidade se passar nos dois segundos sem você
Agora eu já nem sei
Se hoje foi anteontem
Me perdi lembrando o teu olhar
O meu futuro é esperar pelo presente de fazer

O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Distante é devagar
Perto passa bem depressa assim

Pra mim, pra mim
Laiá, lalaiá

Se o tempo se abrir talvez
Entenda a razão de ser
De não querer sentar pra discutir
De fazer birra toda vez que peço tempo pra me ouvir
A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim

Eu que nunca discuti o amor
Não vejo como me render
Ah, será que o tempo tem tempo pra amar?
Ou só me quer tão só?
E então se tudo passa em branco eu vou pesar
A cor da minha angústia e no olhar
Saber que o tempo vai ter que esperar

E o tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim
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Marianne

Já se passou muito tempo, mas ainda lembro do seu primeiro sorriso, eu marquei na linha do tempo o dia que a minha existência se colidiu com a sua. Embora em corpos tão diferentes, seus olhos se abriram para mim e notei o quão jovem era a sua alma.

Estou pior do que Basil Hallward esteve por Dorian Gray, mas como um inútil, você deixou-se corromper pelas tentações que Lord Henry, que dizia ser meu bom amigo, me traindo.

Não tirei um pó sequer das mobílias desde a sua partida, pois não quero alterar uma faísca que encostou em você. Se a eternidade continuar sendo para mim um cansativo resgate de nós dois, peço de joelho que os deuses inventem algo capaz de destruir uma alma, uma existência por completa.

Vejo-te morrendo, vejo-te nascendo, esse círculo vicioso angustia minha existência... És como um reflexo no rio que jamais consigo segurar em minhas mãos.

Você é a obra de arte mais perfeita que o universo criou, colocando a noite em seus olhos com o brilho de todas as estrelas e em um mesmo céu estampou um sorriso ensolarado, capaz de manter um dia chuvoso sem nuvens negras... Foi capaz de fazer todo o meu ser derreter em seus pés a ponto de deixar que levasse minha alma para onde quisesse, por isso a destrua, não continue levando ela como um amuleto da sorte, como uma segurança... Se apaixone por um oposto de nossas almas, mate o que há de nós, em mim e em você, viva intensamente, eu continuarei de qualquer forma, como uma espectadora...

Pois é preciso de sangue para que nossas veias não se sequem.
Pois é preciso de sangue para que nossos corpos se aqueçam.
Pois é preciso de sangue para que a vida tenha sabor.
Pois é preciso de sangue para saber que só é possível amarrar dois corpos quando as almas já estão entrelaçadas uma na outra...

Meu sangue era mais doce com você do lado...

Viva e deixe seu sangue ferver por amor e ódio, de mim, da minha eterna gentileza, da minha ajuda sem preço, da sua dívida existencial, dos impossíveis que tornei possíveis para você, que nunca serás capaz de pagar, mas viva, pois seja em qual canto do mundo você estiver, respirando e deixando a vida correr nessas veias... Embora a eternidade seja de prazer e dor, pertencendo sempre a mesma moeda, ela será suportável enquanto você estiver debaixo do mesmo céu que eu. Viva...

"A vida é curta e a espera é longa..."

Marianne
Sou sensível a você, como uma bolha de sabão sem destino no ar, sei que a qualquer momento irei estourar...

Você é a alegria mais triste que já senti e o alívio mais doloroso que sofri.

Eu abri a janela, esperando a nebulosidade de mais um dia, mas você repentinamente surgiu, como o sol, como a luz, colorindo tudo o que estava cinza e isso trincou cada pedaço do pouco que sou.

Eu ainda giro em torno do vazio, que anteriormente tinha como centro: você! Como se eu estivesse em uma órbita, um pequeno planeta rodeando um imenso sol... O sol que desapareceu como um fenômeno instantâneo, nascendo e morrendo no mesmo instante, em si mesmo, não deixando nenhum rastro...

Quem me dera ainda tivesse o prazer de iludir-me. Quem me dera houvesse esperança...

Quando não há um vazio, parece não haver nada, mas quando esse vazio é preenchido, ele se enche mais, transborda, mas se o que preenche o vazio some ali mesmo, o vazio passa a ser calculado, e o resultado é que: desde que você saiu da minha vida, não senti só sua ausência, mas a ausência de todo mundo, pois enquanto você estava ali, o todo mundo existia, você era o todo mundo... Agora as pessoas são somente mobílias na minha visão... Embora sejam infinitas as metáforas a serem usadas para explicar a sua falta, sinto que infinitas são também as tentativas de tentar explicá-la...

“É difícil manter uma vela acessa, na chuva fria de novembro”.

Você lembra de novembro?
Marianne
Cantora: Natalie Imbruglia
Música: Torn

Dislacerada (Tradução)

Eu pensei ter visto um homem trazido à vida
Ele era carinhoso
Ele chegou como se ele fosse majestoso
Ele mostrou-me o que era chorar

Bem, você não pode ser aquele homem que eu adorei
Você não parece saber ou
se importar para que serve o seu coraçao
Mas eu não o conheço mais

Nao há nada onde ele costumava estar
Minha conversa tem chegado ao seco
Isso é o que está acontecendo
Nada está bem,
Eu estou dilacerada

Eu estou totalmente sem fé
Isto é como eu sinto
Eu estou com frio e eu estou envergonhada
Estando desnuda no chão
Ilusão jamais transformada
em algo real
Eu estou bem atenta e eu posso ver
O céu perfeito está dilacerado
Você está um pouco atrasado
Eu já estou dilacerada

Então eu acho que a cartomante estava certa
Deveria ter visto apenas o que estava lá
E não uma luz divina
Mas você rastejou entre minhas veias
e agora eu não me importo, não tenho sorte
Eu já não sinto tanto a falta
Apenas há tantas coisas
que eu não posso tocar
Eu estou dilacerada

Eu estou totalmente sem fé
Isto é como eu sinto
Eu estou com frio e eu estou envergonhada
Estando desnuda no chão
Ilusão jamais transformada
em algo real
Eu estou bem atenta e eu posso ver
O céu perfeito está dilacerado
Você está um pouco atrasado
Eu já estou dilacerada

Dilacerada

Ohh, ooh...

Nao há nada onde ele costumava estar
Minha inspiração tem estado seca
Isso é o que está acontecendo
Nada está bem, Eu estou dilacerada

Eu estou totalmente sem fé
Isto é como eu sinto
Eu estou com frio e eu estou envergonhada
Estando desnuda no chão
Ilusão jamais transformada
em algo real
Eu estou bem atenta e eu posso ver
O céu perfeito está dilacerado

Eu estou totalmente sem fé
Isto é como eu sinto
Eu estou com frio e eu estou envergonhada
Limitada e quebrada no chão
Você está um pouco atrasado
eu já estou dilacerada
Dilacerada

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Marianne

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.

Se insistimos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho?

Terminou uma relação?

Deixou a casa dos pais?

Partiu para viver em outro país?

A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas, tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que sentem-se culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto as vezes ganhamos, e as vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o está apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não tem data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do momento ideal.

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, não voltará. Lembre-se que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Marianne
Por Patrício Darvisson

A águia pode viver cerca de 80 anos. Ela depende, na maioria dos casos, somente dela para sobreviver todo esse tempo. Entre os 40 e 50 anos de idade a águia precisa passar por uma série de transformações, que à levarão ao sofrimento extremo para que possa sobreviver. Ela sobe até o alto das montanhas, onde se sente mais segura, e começa todo o processo para a renovação. Primeiro a águia começa a arrancar toda a sua pelagem, pena por pena, com seu próprio bico, pois as penas já estão velhas, no que resulta a perca de aerodinâmica. Passado um mês toda a sua pelagem já está nova para voar em perfeição. Em seguida começa a quebrar suas unhas, velhas demais para segurar suas presas; elas tiram até a raiz para nascerem unhas mais fortes, parecidas com as de sua primeira caçada. Após um mês de recuperação e crescimento das novas unhas, a águia ainda precisa passar pela parte mais difícil do processo que é a quebra de seu bico, muito velho e envergado que dificultam para pegar sua presa. Ela bate o seu bico por diversas vezes com todas suas forças restantes, já que ela está muito debilitada por todas as dificuldades passadas no processo de mudança, até que ele se quebre e caia. Somente após um mês é que o novo bico estará forte para voltar a ativa, e a águia pronta para enfrentar novamente todas as dificuldades deste mundo.


Marianne

"Gandhi disse que o que quer que você faça na sua vida será insignificante, mas é muito importante que você faça. Porque ninguém mais o fará!".

A vida não tem nada a te oferecer e nunca terá, ela é apenas algo que significamos para explicar a nossa existência, porque a própria existência é insignificante.

Todas as pessoas possuem um vazio dentro de si e ele é inexplicável, mesmo que tenha um nome, ele é perturbador! Mas sabe, todos estão tentando preencher esse vazio, vivendo cada um a sua maneira... “Vivendo”, o que isso representa? Produzir lembranças e memórias, tentar mantê-las, são elas que movimentam tudo o que somos.

Então penso em cada pessoa que passou perto de mim como um “figurante”, e me questiono o quanto de lembranças ela guardou até o momento e o quanto cada pessoa luta para que ainda essas memórias estejam vivas no presente como foi no passado?

Porém quando chega a morte de qualquer pessoa, ela leva consigo o silêncio e o segredo de uma vida que foi cheia de memórias. Tem algo muito belo nas palavras de um professor nosso, quando ele passou a nós um filme e explicou alguns significados na fala de cada personagem, e é assim: essas memórias irão sumir como lágrimas na chuva... É, as lágrimas que choramos na chuva não tem significado algum...

Nada do que eu escrevo é novidade, as coisas que você lutou para conquistar, seja em qualquer campo, perderão todo o significado se não tiver mais um olhar além do seu para vê-las, porém há algo pior, por outro lado haverá um momento que você está quase conquistando algo para presentear um ente querido, mas como um trovão a rugir no céu, você descobre que os olhos dessa pessoa estão fechando para esse mundo, você desesperadamente tenta fazer em um segundo coisas que você levava um ano para fazer, porém não é o suficiente, o tempo está acabando antes mesmo de você concluir esse segundo...
Marianne

Música: Amo o Jeito Que Você Mente

[Rihanna]
Vai só ficar lá
Me vendo queimar
Mas tudo bem
Porque eu gosto da forma como isso dói
Vai ficar lá
E me ouvir chorar
Mas tudo bem
Porque eu amo o jeito como você mente
Eu amo o jeito como você mente
Eu amo o jeito que você mente

[Eminem]
Eu não posso te dizer o que realmente é
Eu só posso te dizer como faz me sentir
E agora há uma faca de aço
Na minha traqueia
Eu não consigo respirar
Mas eu ainda luto
Enquanto eu posso lutar
Enquanto o errado parecer certo
É como se eu estivesse em voo
Eu ofereço o amor
bêbado de ódio
É como se eu xingasse uma pintura
E eu amo isso mais que eu sofro
Eu sufoco
Não posso impedir a queda
Prestes a se afogar
Ela me ressuscita
Ela me odeia
E eu adoro isso
Espere
Onde você vai
Eu estou deixando você
Não, você não está
Volte
Nós estamos correndo de volta
Aqui vamos nós outra vez
É tão insano
Porque quando isso vai bem
Isso vai grande
Eu sou o Superman
Com o vento em sua bolsa
Ela é Lois Lane
Mas quando é mau
É horrível
Sinto-me tão envergonhado
Eu estalo
Quem é esse cara
Eu nem sei seu nome
Coloquei as mãos sobre ele
Eu nunca vou me rebaixar tanto novamente
Eu acho que eu não conhecia minha própria força

Você já amou alguém tanto
Que você mal consegue respirar
Quando você está com eles
Você encontra
E nenhum de vocês
Sequer sabem o que os atingiu
Tem aquela estranha sensação quente
Sim, os arrepios
EU geralmente os tenho
Agora você está ficando farto
De olhar para eles
Você jurou nunca atingi-los
Nunca fazer nada para prejudicá-los
Agora você está vendo as coisas do outro lado
Vomitando veneno
E estas palavras
Quando você as cospe da sua boca
Você empurra
Puxam o cabelo um do outro
Riscam, arranham, sepultam-nos
Joga eles pra baixo
Prende eles
Tão perdido nos momentos
Quando você está neles
É o jeito que as empresas
Controlam os dois
Então eles dizem que é melhor
Que cada um siga seu caminho
Acho que eles não lhe conhecem
Porque hoje
Isso foi ontem
Ontem acabou
É um dia diferente
Parece com músicas antigas
Tocando de novo
Mas você prometeu a ela
Da próxima vez você vai mostrar moderação
Você não tem outra chance
A vida não é um jogo de Nintendo
Mas você mentiu de novo
Agora você começa a vê-la sair
Pela janela
Acho que é por isso que eles chamam de vidraça

Agora eu sei que dissemos coisas
Fizemos coisas
Que não queríamos
E nós caímos retornamos
Para os mesmos padrões
Mesma rotina
Mas seu temperamento é tão ruim
Quanto o meu
Você é o mesmo que eu
Mas quando se trata de amor
Você está tão cego
Baby, por favor volte
Não foi você
Baby, fui eu
Talvez o nosso relacionamento
Não é tão louco quanto parece
Talvez seja isso que acontece
Quando um furacão encontra um vulcão
Tudo que sei é
Que eu te amo demais
Para ir embora
Venha para dentro
Pegue suas malas da calçada
Você não ouve sinceridade
Na minha voz quando falo?
Disse que isso é minha culpa
Olhe-me nos olhos
Da próxima vez que eu estiver chateado
Eu apontarei meu punho
Na parede seca
Da próxima vez
Não haverá próxima vez
Peço desculpas
Mesmo que eu sei que é mentira
Estou cansado dos jogos
Eu só quero ela de volta
Eu sei que eu sou um mentiroso
Se ela tentar ir embora de novo porra
Eu vou amarrá-la na cama
E colocar fogo na casa
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Marianne
[Clique na imagem para ampliar]

Fica ai o convite do desfile que será realizado nesse sábado, pra quem gosta de moda ou tem interesse, confira as novidades. - Sim, estarei desfilando =P
Marianne
Mora na Filosofia
Caetano Veloso
Composição: Monsueto / Arnaldo Passos

Eu vou te dar a decisão
Botei na balança
E você não pesou
Botei na peneira
E você não passou
Mora na filosofia
Pra que rimar amor e dor
Se seu corpo ficasse marcado
Por lábios ou mãos carinhosas
Eu saberia, ora vai mulher,
A quantos você pertencia
Não vou me preocupar em ver
Seu caso não é de ver pra crer
Ta na cara

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Marianne

Música: Wasting Love
Banda: Iron Maiden

Talvez um dia eu serei um homem honesto
Até agora estou fazendo o melhor que posso
Longas estradas, longos dias, do nascer ao por do sol
Do nascer ao por do sol

Sonhem irmãos, enquanto podem
Sonhem irmãs, espero que encontrem ele
Todas nossas vidas, cobertas rapidamente
Pelas marés do tempo

Passe seus dias cheios de vazio
Passe seus anos cheios de solidão
Desperdiçando o amor, numa carícia desesperada
Sombras rodopiantes de noites

Sonhem irmãos, enquanto podem
Sonhem irmãs, espero que encontrem ele
Todas nossas vidas, cobertas rapidamente
Pelas marés do tempo

O tempo está passando e as linhas
Estão na sua mão
Em seus olhos eu vejo a fome, e o
Grito desesperado que rasga a noite

Passe seus dias cheios de vazio
Passe seus anos cheios de solidão
Desperdiçando amor, numa carícia desesperada
Sombras rodopiantes de noites
(...)
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Marianne


Final da tarde e ainda um sol quente deixava todos febris, subo correndo e um perfume familiar me vem à tona, um deja-vu, uma nostalgia? Não, era quem eu pensava que era, era quem eu não queria que fosse, era alguém que um dia foi algo que eu queria que sempre fosse... Fosse especial para mim.

E aquela aparência nova era a mesma dos tempos antigos, olhava disfarçadamente para aquele sujeito e eu ainda o via com o mesmo jeans batido, com o mesmo boné azul velho, com o mesmo sorriso de um adolescente buscando a felicidade, eu vi a alma, cujo azar, um dia, tropeçou numa pedra fria que era eu... E puts, eu estava com a mesma camisa do dia que você me perguntou “agora é tudo ou nada” e eu respondi “nada” – quando queria responder “tudo” – maldita timidez! Senti vontade de rir ao lembrar...

Houve uma tentativa de encontrar olhares, mas lutei pra que isso não ocorresse, afinal, o que os olhos não vê - o coração não sente... Não quero sentir de novo, não quero machucar de novo.

Sempre haverá um momento que um descerá em um ponto de ônibus diferente do outro... Ah!! Mas tínhamos tanto em comum, eu me senti uma criança sem rumo e birrenta de novo, por um instante.

Mas isso tudo foi só uma lembrança, uma saudade daquilo que nunca poderemos viver, nada-além-disso.

Não somos os mesmos não é mesmo? Porém que mal há em recordar?

Eu gostava das suas conversas e histórias...
Marianne


O que falta em mim é tudo o que sobra nos outros. Sou a espectadora do caos, assisto na última fila e o que vejo são os excessos, excessos de razões, sonhos, motivações, projeções, desejos, sentimentos... Vejo a vida com o olhar de uma espectadora e não com o olhar daqueles que se apresentam no palco, para a platéia, para mim.

Nadando contra a maré, já não sinto meus braços, esqueci como é deixar se levar pelas águas – nadando contra a maré – sem nenhum propósito, sem nenhuma razão, sem nada, apenas com o que eu tenho: eu mesma.

Eu sei que diante do fato de que só porque aquela flor está morrendo, eu deixei de regá-la, e isso me diminui.

Minha lepra espiritual, sim, meu espírito está doente, caindo aos pedaços, enojado de todos e de si mesmo. Às vezes vem em mim a brisa da reflexão e veja como as coisas são: as pessoas quanto mais estudam para conhecer, menos humanas tornam, quanto mais se conhece, mais humilha quem não conhece. E a morte de cada homem não diminui mais ninguém, mas engrandece. Há prazer em lançar o outro abaixo do seu nível... Mas nível de quê? Não somos nada do que consumimos, não somos quem amamos, não somos tudo o que usamos pra exibir e mostrar “olha eu existo e meu carro de 80 mil dólares está tentando falar que sou superior a você!”. – A sociedade está doente, está histérica, tem sede da desgraça do outro, a sociedade é contagiosa.

E já não se fala de coisas boas, todos se tornaram robôs, programados para todo dia falar a mesma coisa, não há mais mudança... Meus ouvidos cansaram de ouvir as mesmas coisas, meu olhos cansaram de ver também, meus sentidos cansaram de sentir qualquer coisa.

Eles estão com o dedo podre apontando o que há de pior em você! - E você aceita isso de todo ser!

Meu espírito é um andarilho leproso, não há graça em ninguém, o que quer que eu olhe, só vejo manchas cinza, todas iguais, as massas, as manipulações, as pessoas estão doentes, pois seus deuses estão amarrados numa camisa de força e lançados numa solitária pedindo por glória.
Marianne
Do outro lado do oceano
Ainda há um coração que pulsa
Um coração que expulsa
Pula
Um coração de oração
Um ora sem ação
Chora a poesia da canção
Desilusão
Pensamento de atração
Pensa e atrai a ação
Espera e desespera
A queda da primavera
Quieta
Sussurra flores
Dançam as borboletas
Um bolero
Borbulham as silhuetas
No perfume de jasmim
Quando acaba o nanquim
Quando começa os lindos poemas
Poeiras de ermas dão nas mesmas...
Marianne
Marianne


Você é responsável pelas suas escolhas, sendo ciente disso, você entenderá que o outro é responsável pelas escolhas que ele fizer. Cada escolha tem uma consequência, seja ela boa ou ruim, caberá ao indivíduo que escolheu suportar a consequência dessa escolha – a escolha é a causa – e você NÃO TEM NADA A VER COM ISSO.

Quer ser um super-herói? Não é ficando sentado na frente de um computador o tempo todo escrevendo coisas dramáticas que andam ocorrendo na sociedade que fará de você um super-herói. Quem se preocupa realmente com a fome em civilizações sem recursos -  abandone tudo o que tem, e vai lá ajudar com as próprias mãos. Não é apontando o erro de fulano ali e aqui que irá fazer com que a solução surja.

Todos acham que o poder de refazer “um mundo melhor” está só nas mãos dos ricos, dos “poderosos”, NÃO, afirmar isso é querer tirar o ** da reta e jogar a responsabilidade nos outros.

É como sempre penso: os que mais reclamam e apontam – são os que menos fazem.
Marianne
Para os ignorantes de plantão, péssimos em interpretação de textos, que se escondem nas sombras dos outros, deixo uma frase muito criativa que li uma vez:

"Se você gosta de cuidar da vida dos outros, adote um gato, assim terá sete vidas para se preocupar"

Enfim, existem no mundo tipos de pessoas frustradas por terem sido rejeitadas no passado e não sabem lidar com isso, alguns parecem que nem saíram da puberdade pois só sabem escrever sobre sexo e coisas sem nexo e vê sexo em tudo, essas pessoas geralmente se acham os donos da razão, são daqueles tipos que atacam de longe, critica qualquer um que esteja um passo a frente deles, afinal, a grama do vizinho é mais verde né?

Vivem declarando as falhas da sociedade, mas são como os ratos, os primeiros á abandonar o navio quando está naufragando.

Qualquer acontecimento é motivo de crítica, se uma pomba caga na cabeça, NOSSA declaram guerra contra as pombas.

Quando for apontar o dedo, aponte para um espelho, é na imagem que você vê que está a única pessoa que você deve julgar – afinal é a primeira pessoa que você tem que apontar – você mesmo!

O tempo que é gasto criticando os que estão no topo é o tempo que você poderia estar caminhando e olhando os degraus que pisa para não cair mais baixo do que está.
Marianne
[Foto da atriz e cantora Taylor Momsen - pra quem não sabe]

Taylor Momsen é uma jovem americana de 17 anos e atua no seriado Gossip Girl como Jenny Humphrey, mas a minha admiração por ela não está nela como atriz e sim cantora, tem uma voz muito boa e uma estética invejável, uma estética fabulosa e como todo adolescente, tem seus altos e baixos de rebeldia. É cantora da banda The Pretty Rockless, que estou curtindo muito atualmente! Também adoro o figurino dela.

Uma das música que mais gosto entre tantas:

Música: You
by The Pretty Rockless

You don't want me, no
You don't need me
Like I want you, oh
Like I need you

And I want you in my life
And I need you in my life

You can't see me, no
Like I see you
I can't have you, no
Like you have me

And I want you in my life
And I need you in my life

Love, Love, Love
Love, Love, Love

You can't feel me, no
Like I feel you
I can't steal you, no
Like you stole me

And I want you in my life
And I need you in my life

Marianne
Nenhum céu é como o outro, cada céu é um céu único, cada olhar o vê de uma maneira diferente, cada ventania o deixa diferente para qualquer olhar. Mas esse céu é nostálgico e ao mesmo tempo nômade – ele me traz algo de você.

“Ainda que pudéssemos desenterrar esse tesouro há muito sepultado,
E ainda que o prazer valesse a pena
Nunca poderíamos aprender a canção de amor.
Já muito faz que estamos separados.
[...]
Estranho é, portanto que eu não soubesse
Que o cérebro conter pudesse
Numa minúscula célula de marfim
O céu de Deus e o inferno.”*

E se ainda me perguntarem qual o motivo de tanta loucura, de tanta insatisfação e indiferença, nada terei a declarar, somente um suspiro acostumado que deixarei escorregar sussurrando – quia multum amavi


* Poema Para L.L. de Oscar Wilde - Publi. em 1908.
Marianne
O bravo

Melhor uma inimizade inteira
Que uma amizade emendada!

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Gaia Ciência. - São Paulo: Companhia das Letras, 2001. [pág. 23] 
Marianne


“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”..

(John Donne, poeta inglês do século XVI, em “Meditações XVII”)
Marianne


Aqui estamos nós
Aprisionados no silêncio dos seus lábios
Aqui estamos nós
Preenchendo o vazio com pensamentos incompreensíveis
Aqui estamos nós
Tão próximos e tão distantes
Aqui estou eu
Procurando alguma faísca de você
Aqui está você
Fazendo de mim um fantasma em seu mundo

Apenas essa noite faça valer a pena
A pena do que fizemos com nós
Apenas essa noite permita-me fingir
Pois não sei se sou o que escondo
Ou se já me tornei aquilo que cansei de inventar
Apenas essa noite para destruir o dia que vem

Se ao menos eu soubesse que ser quem sou
Diante de você eu juro que não seria
Mas isso não muda em nada
Tudo o que eu falei aquela tarde
Saiu de dentro de mim - independente das máscaras

Apenas essa noite para matar a abstinência de você
Apenas essa noite para enlouquecer os sentimentos
Pois havia tanto dentro de alguém que era tão pouco
E apenas essa noite para perceber
Que precisa haver muito mais que “você” para acabar com esse “eu”...

Aqui estamos nós, apenas essa noite...
Marianne

(...) Sobretudo não subestimemos o fato de que Schopenhauer, que tratava realmente como inimigo pessoal a sexualidade (incluindo seu instrumento, a mulher, este instrumentum diaboli), necessitava de inimigos para ficar de bom humor; o fato de que amava as palavras furiosas, biliosas e de cor escura, de que se enraivecia por enraivecer, por paixão; de que teria ficado doente, teria se tornado pessimista (- o que não era, por mais que o desejasse) sem os seus inimigos, sem Hegel, sem a mulher, a sensualidade e toda a vontade de existência, de permanência. De outro modo ele não teria permanecido, pode-se apostar, ele teria escapado: mas seus inimigos o retiveram, seus inimigos sempre o seduziram à existência, sua cólera era, como para os cínicos da Antiguidade, seu bálsamo, seu descanso, sua compensação, seu remédio contra o nojo, sua felicidade.

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Genealogia da Moral: uma polêmica. - São Paulo: Companhia das Letras, 1998. [pág. 96]
Marianne

(...) quero apenas sublinhar que Kant, como todos os filósofos, em vez de encarar o problema estético a partir da experiência do artista (do criador), refletiu sobre a arte e o belo apenas do ponto de vista do “espectador”, e assim inclui, sem perceber, o próprio “espectador” no conceito de belo. (...) Belo, disse Kant, “é o que agrada sem interesse”. Sem interesse! Compare-se esta definição com uma outra, de um verdadeiro “espectador” e artista – Stendhal, que em um momento chama o belo de une promesse de bonheur [uma promessa de felicidade]. (...) Sobre poucas coisas Schopenhauer fala de modo tão seguro como sobre o efeito da contemplação estética: para ele, ela age precisamente contra o interesse sexual, assim como lupulina e cânfora; ele nunca se cansou de exaltar esta libertação da “vontade” como grande vantagem e utilidade do estado estético.

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Genealogia da Moral: uma polêmica. - São Paulo: Companhia das Letras, 1998. [pág.  93-4]
Marianne

"Você não é o seu emprego. Você não é quanto dinheiro você tem no banco. Você não é o carro que você dirige. Você não é o conteúdo da sua carteira. Você não é as calças cáqui que veste. Você é toda merda ambulante do mundo."

Tyler Durden
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Marianne


[Blair] Só porque está vestido pobremente, não significa que não seja Chuck Bass.
[Chuck] Porque gostaria de ser ele?
[Blair] Devia ter me dito que levou um tiro.
[Chuck] Estou surpreso que você mesma não atirou em mim.
[Blair] Atirei, muitas vezes em meus sonhos. Nos bons. Mas se estivesse realmente machucado, gostaria de saber.
[Chuck] Quando acordei, minha identidade tinha sumido. Ninguém sabia quem eu era. Ninguém vinha me procurar. Percebi que podia estar vivo, mas Chuck Bass não precisava.
[Blair] Mudar o seu nome não muda quem você é.
[Chuck] É um bom começo, uma chance de viver simples, ganhar o respeito das pessoas, talvez me tornar uma pessoa que alguém possa amar.
[Blair] Alguém te amou. E você deve isso a ela... E a todos que está deixando para trás... Não fugir, que é o que está fazendo. E não acho que esse ótimo homem que está falando que quer ser, seja um covarde. Acho que encararia o que fez.
[Chuck] Destruí a única coisa que já amei.

(...)

[Blair] Não te amo mais. Mas precisa de muito mais do que você pra destruir Blair Waldorf.
[Chuck] Seu mundo seria mais fácil se eu não voltasse.
[Blair] É verdade. Mas não seria o meu mundo sem você nele.


PS: Só porque lembrei daquele dia e daquilo que ouvi: “Lá irei começar uma vida nova, tudo novo, novas pessoas...”. Acho que não consegui perdoar o fato de não estar incluída no “catálogo de novas coisas”...
Marianne

"Eu sou a vingança sorridente do Jack."
"Eu sou o suor frio do Jack."
"Eu sou duto biliar irado do Jack."
"Eu sou o cólon de Jack. - Eu pego câncer, eu mato o Jack."
"Eu sou a completa falta de surpresa de Jack."
"Eu sou a vida desperdiçada do Jack."
"Eu sou o inflamado sentido de rejeição do Jack."
"Eu sou o coração partido do Jack."
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Marianne

He is like... the little scratch on the roof of your mouth that would heal if only you could stop tonguing it, but you can't.
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Marianne

"Warning: If you are reading this then this warning is for you. Every word you read of this useless fine print is another second off your life. Don't you have other things to do? Is your life so empty that you honestly can't think of a better way to spend these moments? Or are you so impressed with authority that you give respect and credence to all that claim it? Do you read everything you're supposed to read? Do you think every thing you're supposed to think? Buy what you're told to want? Get out of your apartment. Meet a member of the opposite sex. Stop the excessive shopping and masturbation. Quit your job. Start a fight. Prove you're alive. If you don't claim your humanity you will become a statistic. You have been warned".

Tyler Durden - Fight Club
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Marianne

Confira a Programação:
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Marianne

Música: Make Me Wanna Die
Banda: The Pretty Reckless

Me pegue, eu estou viva
Nunca foi uma garota com uma mente pervertida
Mas tudo fica melhor quando o Sol se põe
Eu tinha tudo, oportunidades para a eternidade
E eu poderia pertencer à noite

Seus olhos, seus olhos
Eu posso ver em seus olhos
Seus olhos

Você me faz querer morrer
Eu nunca serei boa o bastante
Você me faz querer morrer
E tudo o que você ama
Vai queimar na luz
E toda vez que olho dentro de seus olhos
Você me faz querer morrer

Experimente-me, beba minha alma
Me mostre todas as coisas que eu deveria saber
Quando há uma Lua Nova em ascensão
Eu tive tudo, oportunidades para a eternidade
E eu poderia pertencer à noite

Seus olhos, seus olhos
Eu posso ver em seus olhos
Seus olhos, tudo em seus olhos
Seus olhos

Você me faz querer morrer
Eu nunca serei boa o bastante
Você me faz querer morrer
E tudo o que você ama
Vai queimar na luz
E toda vez que olho dentro de seus olhos
(Estou queimando na luz)
Você me faz querer morrer

Eu poderia morrer por você, meu amor
Meu amor
Eu poderia mentir por você, meu amor
Meu amor (Faça-me faz querer morrer)
E eu poderia roubar por você, meu amor
Meu amor (Faça-me querer morrer)
E eu poderia morrer por você, meu amor
Meu amor

Vai queimar na luz
E toda vez que olho em seus olhos
(Estou queimando na luz)
Olho em seus olhos
(Estou queimando na luz)
Olho em seus olhos
Você me faz querer morrer

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Marianne


As pessoas mudam durante a noite, o vampiro da melancolia parece mastigar a carne alegre e beber o quente sangue de quem atrapalha a sua melodia, que puxa como se fosse uma cortina o céu escuro, cheio de migalhas brilhantes, fora do meu alcance.

Que ridículo esse romantismo obscuro da minha escrita...

O que devo fazer agora? Sem saber o que fazer, fazemos qualquer coisa... Então pego a velha caixinha de música, dou corda, e coloco a bailarina para girar, enquanto uma sinfonia de Beethoven toca, infiltrando nesses pensamentos sem nexo.

Isso é tão enjoativo, principalmente por ser um vício infantil que me causa abstinência na maturidade... É noite, não quero ficar em casa!

Coloco o anjo para dormir e chamo o demônio para acordar, pois assim é minha alma, de dia anjo, de noite demônio... Visto qualquer roupa, deixo as unhas afiadas, e ando por ai procurando por mim mesma, deixo meu demônio rugir todas as palavras que o anjo não quis falar durante o dia. Subo em um muro, fumo um cigarro e invejo a própria fumaça que envolve meu coração, saindo pela minha boca como se fosse um beijo mandado e se desfaz na atmosfera silenciosa que esconde o barulho de tantos pensamentos, que me julga e me lembra: eis a minha condição.

Essa vida é louca demais para ser abandonada... Mesmo sabendo que tudo o que se cala, grita de outra forma em nossos corpos.

Já fiquei muito tempo nesse lugar, talvez uma xícara de café sem açúcar para acordar, para lembrar que a vida é pura, mesmo sendo amarga... Num salto desço daqui, procuro um canto para me misturar, está bem assim, não estou caçando uma companhia essa noite, não sinto carência de pessoas, está bom como está, o amor não é para pessoas covardes como eu.

Não é assim que as coisas devem ser, mas é assim que eu quero que seja.

Enfim, seja lá como for... Concluo que “é preciso ter ainda caos dentro de si, para dar luz à uma estrela dançante...”

Não sei aonde me perdi...
Marianne


Caminhava cegamente, como todos, rumo ao abismo. Mas, de repente, abriu os olhos. Viu a multidão cega, o abismo e com olhos honestos, percebeu a cultura de guerra de nossa sociedade e os espinhos nas costas de todos.

Sentiu a dor da existência, a alegria profunda que vinha à tona nos momentos de frescor, e mais dor pela lembrança desses mesmos momentos.

Sente profundamente o fato de não conseguir compartilhar toda a infinita alegria e sensação do sublime que sente por vezes, às vezes mais profundamente do que a visão noturna da multidão caminhando cegamente rumo aos abismos infinitos.

No final, sabe que tudo está certo e que tudo, no fundo, está bem.

Sabe que o sublime e o terrível são duas faces da existência e que no fundo as coisas não são tão sérias quanto parecem ser...

Percebeu o teatro da vida diária, as sombras da vida noturna e caminha transitando por esses dois universos, com um olho aberto e o outro, fechado conscientemente.

Seu coração que tem por dentro uma coleção das coisas mais iluminadas e doces da vida tem por proteção externa - cicatrizes - uma carapaça blindada.

Mas talvez este seja o jogo: perceber o que une todos naquilo que se afasta.

"As mônadas não se comunicam diretamente, não possuem janelas, mas todas elas estão sintonizadas pela Harmonia Preestabelecida", disse um dos antigos...

- Autor Desconhecido
Marianne


A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques.

Quando nascemos entramos nesse magnífico trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais.

Infelizmente isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis. Isso porém não impedirá que, durante o percurso, pessoas que se tornarão muito especiais para nós, embarquem. Chegam então nossos irmãos, amigos, filhos e amores inesquecíveis!

Muitas pessoas embarcarão nesse trem apenas a passeio, outras encontrarão no seu trajeto somente tristezas e ainda outras circularão por ele prontos a ajudar quem precise.

Vários dos viajantes quando desembarcam deixam saudades eternas, outros tantos, quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que se tornam tão caros para nós, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não nos impede, é claro, de ir ao seu encontro. No entanto, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocupando aquele assento.

Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os outros passageiros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento eles poderão fraquejar e precisaremos entender, porque provavelmente também fraquejaremos e com certeza haverá alguém que nos acudirá com seu carinho e sua atenção.

O grande mistério afinal é que nunca saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades... Acredito que sim, me separar de muitas amizades que fiz será no mínimo doloroso, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito triste com certeza; mas me agarro na esperança que em algum momento estarei na estação principal e com grande emoção os verei chegar.

Estarão provavelmente com uma bagagem que não possuíam quando embarcaram e o que me deixará mais feliz será ter a certeza que de alguma forma eu fui uma grande colaboradora para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Amigos, façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido à pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.
Marianne


“Aprendi a...”

Pensei em escrever um texto nesse modelo, em que cada parágrafo inicia com “aprendi” alguma coisa com isso e aquilo, mas acabei contemplando a intenção atrás dessas palavras. Ao escrever “aprendi”, todos demonstram uma única coisa: eu vivi, conheci e estou aqui para relatar.

Mas vou tentar fazer diferente, falar o que vivi e o que deixei de aprender...

Eu vivi algumas paixões momentâneas que eu jurava serem eternas, o tempo passou e a paixão morreu na própria chama. Porém não aprendi a apagar as mágoas, simplesmente porque o momento que eu mais precisava da companhia, me deram a ausência, no momento que lancei minhas esperanças de conforto na outra pessoa, julgando-a responsável por me acolher, fiquei só. Eu não aprendi a esquecer as coisas ruins e lembrar das coisas boas.

Descobri que, embora eu aconselhe todos ao meu redor, não aprendi a usar esses conselhos para a minha própria vida.

Quando decido afastar-me de algumas pessoas, acredito que após um tempo tudo ficará normal, mas eu não aprendi a agir normal com as pessoas, fico indiferente, e por mais próximas que essas pessoas estejam, finjo que não as notei. Não aprendi a colher rosas sem espinhos.

Há muito o que expor quando se é uma observadora de si mesma e do campo externo, mas resumindo, aprendi que na verdade não aprendi nada considerado um ato carinhoso para com o outro que participou da minha vida.
Marianne
Ontem fui no Clube do Vinil em Americana, assistir a banda "Hollywood Way" que toca todas as músicas que tocavam nos comerciais do cigarro Hollywood. Eles cantaram uma música que eu adorei, tanto a letra como o som, não conhecia até então.


Separate Ways (Worlds Apart) by Journey
Caminhos Separados (Mundos separados)

Aqui nós estamos
Mundos separados, corações partidos em dois, dois, dois
Noites sem dormir
Perdendo o chão
Eu estou procurando por você, você, você

Sentindo que se foi
Pode mudar sua opinião
Se nós não podemos continuar
Sobrevivendo à maré que o amor divide

Algum dia o amor te achará
Quebrará essas correntes que te prendem
Uma noite você se lembrará
Como nos tocamos
E fomos para nossos caminhos separados

Se ele porventura te magoar
O amor verdadeiro não te abandonará
Você sabe, eu ainda te amo
Apesar de termos nos tocado
E termos ido por caminhos diferentes

Tempos conturbados
Pegos entre confusões e dor, dor, dor
Olhos distantes
Promessas que fizemos foram em vão, em vão, em vão

Se você precisa ir, eu desejo, amor
Que você nunca caminhe sozinha
Se cuide, meu amor
Sinto falta de você, amor

Algum dia o amor te achará
Quebrará essas correntes que te prendem
Uma noite você se lembrará
Como nos tocamos
E fomos para nossos caminhos separados

Se ele porventura te magoar
O amor verdadeiro não te abandonará
Você sabe, eu ainda te amo
Apesar de termos nos tocado
E termos ido por caminhos diferentes

Algum dia o amor te achará
Quebrará essas correntes que te prendem
Uma noite voce se lembrará

Se ele porventura te magoar
O amor verdadeiro não te abandonará
Você sabe, eu ainda te amo

Eu ainda te amo garota
Eu realmente te amo
E se porventura te machucar
O amor verdadeiro não te abandonará
Não, não
Não...
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Marianne


Você tem o hábito de juntar objetos inúteis no momento, acreditando que um dia (não sabe quando) poderá precisar deles?
Você tem o hábito de juntar dinheiro só para não gastá-lo, pois no futuro poderá fazer falta?
Você tem o hábito de guardar roupas, sapatos, móveis, utensílios domésticos e outros tipos de equipamentos que já não usa há um bom tempo?
E dentro de você?
Você tem o hábito de guardar mágoas, ressentimentos, raivas e medos?
Não faça isso. É antiprosperidade. É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem a sua vida.
É preciso eliminar o que é inútil em você e na sua vida, para que a prosperidade venha.
É a força desse vazio que absorverá e atrairá tudo o que você almeja.
Enquanto você estiver material ou emocionalmente carregado de coisas velhas e inúteis, não haverá espaço aberto para novas oportunidades.
Os bens precisam circular. Limpe as gavetas, os guarda-roupas, o quartinho lá do fundo, a garagem.
Dê o que você não usa mais.
A atitude de guardar um monte de coisas inúteis amarra sua vida.
Não são os objetos guardados que emperram sua vida, mas o significado da atitude de guardar.
Quando se guarda, considera-se a possibilidade da falta, da carência.
É acreditar que amanhã poderá faltar, e você não terá meios de prover suas necessidades.
Com essa postura, você está enviando duas mensagens para o seu cérebro e para a vida: primeira, você não confia no amanhã e, segunda, você acredita que o novo e o melhor não são para você, já que se contenta em guardar coisas velhas e inúteis.
Desfaça-se do que perdeu a cor e o brilho e deixe entrar o novo em sua casa e dentro de você!
As pessoas são solitárias porque constroem paredes ao invés de pontes.


Joseph Newton
Marianne

Eu estive aqui a todo tempo, vendo o seu reflexo na minha superfície, encantado com o seu brilho eu acabava por abraçar a mim mesmo. Toda a minha imensidão se tornava pequena quando eu olhava para você e então senti a solidão ser mais profunda que todos os segredos que eu havia escondido em mim mesmo. O verão quando vinha com o seu calor, era o instante que mais próximo me sentia de você, pois o vapor dos meus sentimentos transformava-se em nuvens e a esperança de te alcançar era cada vez mais forte, porém não por muito tempo, logo o pouco que de mim aproximava de ti, cai de volta para o meu colo. E você sempre a brilhar, um brilho que escondia a própria face e eu mal sabia se sorrias ou se choravas, eu apenas te contemplava. Na minha angústia agitava as maiores ondas que havia em mim, eram tão altas que engoliam navios e qualquer coisa a flutuar em mim, pois não queria nada além do seu reflexo, do seu reflexo deitado sobre mim. Não sei se me notas quando és tão rodeada por inúmeras nebulosas, por imensas galáxias, por um espaço tão brilhante que vive em constante movimento, exibindo todas as suas cores que se destacam na escuridão do vácuo... Ainda eu sonho, sonho com o impossível de ver cair em minhas águas uma única faísca de ti, oh Estrela, e eu, esse Mar que chora as próprias águas, poderá ser feliz ao menos um instante antes de secar em si mesmo pela própria solidão, pela própria espera que desespera...

"Poderá uma estrela do mar apaixonar-se por uma estrela do céu?"
Marianne


Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida. - Clarice Lispector

Visto no Blog da Maria Eugenia: A vida é um sopro.
Marianne


"Como uma estrela cadente coberta de lama..."

3 anos...

07/set/07
Marianne

Declaração de amor
(na qual, porém, o poeta caiu num fosso)

Que maravilha! Ele ainda está voando?
Ele sobe e as suas asas repousam?
Que é que o levanta e carrega?
Qual é, para ele, a meta, o curso e o freio?

Como as estrelas e a eternidade
Vive ele agora em alturas de que a vida foge,
Tendo compaixão até mesmo da inveja —:
E voou alto quem apenas o viu planar!

Ó pássaro albatroz!
Para o alto me empurra um eterno impulso.
Pensei em ti: então me correram
Lágrimas e lágrimas — sim, eu te amo!


NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. - São Paulo: Companhia das Letras, 2001. Pág. 301
Marianne

O tempo é bondoso comigo, o que mais posso querer? Talvez ser Deus, sim quero ser Deus, talvez eu seja, pois não acredito mais na minha própria existência.

Os dias correm, e a carne parece ter petrificado numa única forma e isso já é concreto á mais de cinco anos, nenhuma marca envelhecida do tempo, e o semblante infantil não me abandona, me deixando uma benção estética e uma maldição social, pois os intelectuais da maturidade excluem essa aparência, anulando juntamente o saber que ela esconde.

Estou na minha loucura mais louca, percebi que não sou capaz de partilhar da minha vida com outra pessoa, minha vocação filosófica anula o viver a dois, irei abandonar então minha Regine Olsen e depois viver o resto dos meus poucos dias escrevendo meus pesares nas entre linhas da minha filosofia, tentando alcançá-la... Até chegar o instante em que a verei pela última vez, você dirá para Deus me abençoar e eu erguerei gentilmente meu chapéu e nunca mais nos veremos depois dessa despedida.

Escreverei livros, muitos livros, serei um dos loucos do meu século ou do outro século, terei um rótulo que surgirá somente depois que minha época for varrida dessa terra, como sempre vemos repetir na história.

Irei falar sozinha, caminhar pelas praças e jardim conversando com meus próprios pensamentos, até minha loucura tornar-se uma ameaça para a sociedade, então me jogaram em um manicômio e ali talvez eu fique alguns dias.

Em breve não terei mais capacidade física e mental e a velhice irá me afogar, nos meus últimos passos estarei perdendo um xeque mate no asilo, com ira, jogarei o bispo e o rei na cabeça das enfermeiras. E em uma noite de lua cheia, na minha cidade coberta por neve, sentarei na varanda, em minha cadeira de balanço e o frio amenizará a flecha invisível lançada em meu peito e nada mais esperarei, nada mais terei a esperar a não ser um epitáfio bem criativo que nem quero imaginar!