Nenhum céu é como o outro, cada céu é um céu único, cada olhar o vê de uma maneira diferente, cada ventania o deixa diferente para qualquer olhar. Mas esse céu é nostálgico e ao mesmo tempo nômade – ele me traz algo de você.
“Ainda que pudéssemos desenterrar esse tesouro há muito sepultado,
E ainda que o prazer valesse a pena
Nunca poderíamos aprender a canção de amor.
Já muito faz que estamos separados.
[...]
Estranho é, portanto que eu não soubesse
Que o cérebro conter pudesse
Numa minúscula célula de marfim
O céu de Deus e o inferno.”*
E se ainda me perguntarem qual o motivo de tanta loucura, de tanta insatisfação e indiferença, nada terei a declarar, somente um suspiro acostumado que deixarei escorregar sussurrando – quia multum amavi!
* Poema Para L.L. de Oscar Wilde - Publi. em 1908.
Postar um comentário