Há um dia
Marianne
Um Setembro Solitário
Sentado aqui completamente sozinho
Apenas tentando pensar em algo para fazer
Tentando pensar em alguma coisa, qualquer coisa
Apenas para me impedir de pensar em você
Mas você sabe que não está funcionando
Porque você é tudo que está em minha mente
Um pensamento sobre você é o suficiente
Para deixar o resto do mundo para trás
[Refrão]
Bom, eu não pretendia que fosse tão longe como foi
E eu não pretendia me aproximar tanto e dividir o que nós dividimos
E eu não pretendia me apaixonar, mas me apaixonei
E você não pretendia corresponder, mas eu sei que correspondeu
Estou Sentado aqui, tentando me convencer
Que você não é a pessoa certa para mim
Mas quanto mais eu penso, menos eu acredito
E mais eu quero você aqui comigo
Você sabe que os feriados se aproximam
Eu não quero passá-los sozinho
Lembranças de época de natal com você
Vão simplesmente me matar se eu estiver sozinho
[Refrão]
Eu sei que não é a coisa mais inteligente a se fazer
Simplesmente parece que nós não conseguimos fazer dar certo
Mas o que eu não daria para ter mais uma chance essa noite
Mais uma chance hoje a noite
Estou sentado aqui, tentando me entreter com esse violão velho
Mas com toda a minha inspiração desaparecida não consigo ir muito longe
Olho em volta do meu quarto e tudo que vejo me lembra você
Oh por favor, amor, você não vai pegar minha mão?
Nós não temos mais nada para provar
[Refrão]
E eu não pretendia te conhecer lá
Nós éramos apenas crianças
E eu não pretendia te dar arrepios
Pelo modo como eu beijo
E eu não pretendia me apaixonar, mas me apaixonei
E você não pretendia corresponder, mas eu sei que correspondeuNão diga que você não correspondeu, porque você sabe que o fez
Não, você não pretendia corresponder
Mas fez
Marianne
Porque seu nome é para mim o nome
De uma pátria distante e idolatrada,
Cuja saudade ardente me consome:
E ouvi-lo é ver a eterna primavera
E a eterna luz da terra abençoada,
Onde, entre flores, teu amor me espera.
[Olavo Bilac]
Marianne
You are too much for me. I wish I knew how to quit you.
- Brokeback Mountain
- Brokeback Mountain
Marianne
E sobre mim, silenciosa e triste,
A via-láctea se desenrolava
Como um jorro de lágrimas ardentes.
Olavo Bilac
A via-láctea se desenrolava
Como um jorro de lágrimas ardentes.
Olavo Bilac
Marianne
Primavera
Ah! quem nos dera que isso, como outrora,
Inda nos comovesse! Ah! quem nos dera
Que inda juntos pudessemos agora
Ver o desabrochar da primavera!
Saíamos com os passaros e a aurora,
E, no chão, sobre os troncos cheios de hera,
Sentavas-te sorrindo, de hora em hora:
"Beijemo-nos! amemo-nos! espera!"
E esse corpo de rosa recendia,
E aos meus beijos de fogo palpitava,
Alquebrado de amor e de cansaço....
A alma da terra gorjeava e ria...
Nascia a primavera...E eu te levava,
Primavera de carne, pelo braço!
Ah! quem nos dera que isso, como outrora,
Inda nos comovesse! Ah! quem nos dera
Que inda juntos pudessemos agora
Ver o desabrochar da primavera!
Saíamos com os passaros e a aurora,
E, no chão, sobre os troncos cheios de hera,
Sentavas-te sorrindo, de hora em hora:
"Beijemo-nos! amemo-nos! espera!"
E esse corpo de rosa recendia,
E aos meus beijos de fogo palpitava,
Alquebrado de amor e de cansaço....
A alma da terra gorjeava e ria...
Nascia a primavera...E eu te levava,
Primavera de carne, pelo braço!
Marianne
"Eu sei que nunca mais encontrarei ninguém que inspire uma paixão. Você sabe, não é tarefa fácil amar alguém. É preciso ter uma energia, uma generosidade, uma cegueira. Há até um momento, bem no início, em que é preciso saltar por cima de um precipício: se refletirmos, não o fazemos. Sei que nunca mais o farei"
(Sartre)
Marianne
Eu sinto que nesta estação do ano que se passou,
aquela pessoa preciosa pra mim
Olhou para trás, em minha direção,
com aqueles olhos que suspiravam suavemente...
Blurry Eyes - L'Arc en Ciel
aquela pessoa preciosa pra mim
Olhou para trás, em minha direção,
com aqueles olhos que suspiravam suavemente...
Blurry Eyes - L'Arc en Ciel
Marianne
Tudo bem, tudo bem, tudo bem
As estações estão mudando
e as ondas se quebrando
e as estrelas estão caindo todas por nós
Os dias aumentam e as noites diminuem
Eu posso te mostrar que serei o primeiro
(...)
Por que você é, você é, meu verdadeiro amor, de todo meu coração
Por favor, não o jogue fora
Por que eu estou aqui por você
Por favor não se vá
Por favor diga que você vai ficar, ficar
Me use como você quiser
Me persua sutilmente só por emoção
E eu sei que ficarei bem
Embora meus céus se tornem cinza
Your Guardian Angel
The Red Jumpsuit Apparatus
Marianne
Estou me equilibrando sobre uma linha fina que liga minha lucidez com a minha insanidade. Minhas lágrimas são soltas no rio que corre e se perdem por lá como eu me perco pensando em você.
E você conseguiu seu troféu, você “chegou lá”, todos os aplausos são para ti e todas as incertezas e o gosto de “será que ele lembra de mim” ou coisas como “converse comigo” quando olho para o seu “nick”... Coisas inúteis ficaram para mim... Somos coisas tão inúteis!
Estou vendo por detrás dessa cortina, você realmente não me amava, você só queria um brinquedinho para suas horas de tédio... Você voltou então... Porque não me procuras? Um certo “oi, tudo bem?” faz uma diferença tão intensa vinda de você... Mas você não sabe disso...
Você nunca soube de nada! O troféu de desprezível vai para você!
Te amo mas te odeio tanto...
Marianne
O amor é misterioso.
No seu coração ele não tem forma nem peso.
E não se pode calcular seu tamanho e profundidade.
Apesar de nunca ninguém ter visto sua verdadeira forma, ele machuca... e só reage aquela pessoa.
Do Anime "Karekano" ou Kareshi Kanojo no Jijō
Marianne
Os céus resolvem chorar e lavar as ruas
Mas os caminhos nunca estão límpidos
Os guarda-chuvas escondem as faces
E um comentário qualquer sobre o tempo seco
Quebra o silêncio da delicadeza das gotas pingando
“Ainda estamos de luto” ― sussurra uma voz fina por debaixo dos guarda-chuvas
Esse comentário é o necessário pra silenciar e deixar somente as gotas fazerem seu barulho novamente
Ninguém quer falar sobre isso ― entenda
Mas os caminhos nunca estão límpidos
Os guarda-chuvas escondem as faces
E um comentário qualquer sobre o tempo seco
Quebra o silêncio da delicadeza das gotas pingando
“Ainda estamos de luto” ― sussurra uma voz fina por debaixo dos guarda-chuvas
Esse comentário é o necessário pra silenciar e deixar somente as gotas fazerem seu barulho novamente
Ninguém quer falar sobre isso ― entenda
Marianne
O que há com esse sorriso que não mais sorri?
Porque sua fronte está gelada?
Seus olhos não querem abrir
Eles descansam em um sono profundo
Não quero que te levem, fique aqui um pouco mais
Quero aquecer suas mãos
Quero brincar só mais uma vez com seus cabelos
Sua voz se faz silêncio agora
Ela respeita a cena que tudo congelou
Como um retrato imóvel sobre a mesa
Traz lembranças de tudo o que se deixou
Porque sua fronte está gelada?
Seus olhos não querem abrir
Eles descansam em um sono profundo
Não quero que te levem, fique aqui um pouco mais
Quero aquecer suas mãos
Quero brincar só mais uma vez com seus cabelos
Sua voz se faz silêncio agora
Ela respeita a cena que tudo congelou
Como um retrato imóvel sobre a mesa
Traz lembranças de tudo o que se deixou
Marianne
[...] te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em todos de novo, que leve para longe da minha boca esse gosto podre de fracasso, de derrota sem nobreza, não tem jeito, companheiro, nos perdemos no meio da estrada e nunca tivemos mapa algum, ninguém dá mais carona e a noite já vem chegando.
Caio Fernando Abreu
Marianne
Para M.... K.
[...] deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse presa num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço...
Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?
[...] acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas...
Caio Fernando Abreu