INTRODUÇÃO
A FILOSOFIA
FILO
= AMOR + SOFIA = SABEDORIA è AMOR A SABEDORIA
Platão (em grego:
Πλάτων, transl. Plátōn, "amplo", Atenas, 428/427
– Atenas, 348/347 a.C.)
foi um filósofo
e matemático
do período clássico da Grécia Antiga,
autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas,
a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental.
Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles,
Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia
natural, da ciência e da filosofia ocidental.
O MITO DA CAVERNA
Imaginemos um muro
bem alto separando o mundo externo e uma caverna.
Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No
interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas
para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente
a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que,
além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam
os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa
razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros
julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos
prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na
direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que
encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas
por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida
voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação
extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios
riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto
por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
SIGNIFICADO
O mito da caverna
é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância
do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância,
isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e
explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional,
sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na
causalidade.
Segundo a metáfora de Platão, o processo para a
obtenção da consciência, isto é, do conhecimento abrange dois domínios: o
domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia
e nóesis). Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias - um mundo
real e verdadeiro - e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância,
no mundo das coisas sensíveis - este mundo -, no grau da apreensão de imagens
(eikasia), as quais são mutáveis, não são perfeitas como as coisas no mundo das
idéias e, por isso, não são objetos suficientemente bons para gerar conhecimento
perfeito.
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