SERÁ QUE A RELIGIÃO É CAPAZ DE CURAR NOSSOS PROBLEMAS?
O medo do perigo mortal que a
humanidade corre está levando os homens a buscarem refúgio em Deus cada vez mais.
Os que repudiaram o cristianismo, como Hitler, fizeram coisas horríveis, o que
nos traz o pensamento de que, se todos voltassem ao cristianismo as coisas
seriam mais corretas.
“É a questão de saber se as sociedades são capazes de
terem a mínima moral se não forem auxiliadas pela religião dogmática.” (pág.164)
Russel dirá ainda que algumas
virtudes muito importantes são mais encontradas com mais probabilidade entre
aqueles que rejeitam os dogmas religiosos do que entre aqueles que os aceitam,
pelo habito de decidir questões aflitivas
de acordo com as evidencias ou deixa-las sem respostas quando forem
inconclusivas.
“Se as pessoas puderem ser persuadidas de que existe
um Deus que punirá o roubo, mesmo quando a polícia falhar, parece provável que
essa crença virá a promover a honestidade. Dada uma população que já acredite
em Deus, ela logo acreditará que Deus proibiu o roubo. (...) À medida que a
civilização progride, as sanções terrenas se tornam garantidas e as sanções
divinas, menos. As pessoas vêem cada vez mais razão para pensar que, se
roubarem, serão apanhadas (...) Hoje em dia é difícil até mesmo pessoas
altamente religiosas acreditarem que irão para o inferno se roubarem.” (pág.
166)
As pessoas estão cada vez mais
convencidas de que a punição virá das mãos dos homens e não de Deus, sabe que
se roubarem serão apanhadas pelo próprio homem e não castigadas pelo poder
divino, então não cometem um crime por saberem que serão presas, ao invés de
acreditarem que irão para o inferno. Em séculos passados o castigo era feito
lançando as pessoas questionadoras à fogueira, dirá Russel.
“Quando as pessoas argumentam, por exemplo, a favor do
cristianismo, não dão, como Tomás de Aquino, razões para supor que existe um
Deus e que Ele expressou seu desejo por meio das Escrituras.” (pág. 167)
Diferente dos cientistas quando
discutem procuram a lógica e a razão para chegar a uma conclusão sobre
determinado fato, Russel dirá que
“Quando dois homens de ciência discordam, eles não
invocam o braço secular; esperam até que haja mais evidência para resolver a
questão, porque, na posição de homens de ciência, sabem que nenhum deles é
infalível. Mas, quando dois teólogos discordam, já que não existem critérios a
que possam recorrer, não há nada além de ódio mútuo e apelo à força, aberto ou
dissimulado. O cristianismo, reconheço, hoje causa menos mal do que costumava
causar; mas isso acontece porque se acredita nele com menos fervor.” (pág. 168-9)
No Ocidente prevalece o
cristianismo, ele é essencial para a virtude e estabilidade social, mas, dirá
Russel, não é por esse caminho que o mundo poderá ser salvo do desastre. Vemos
guerras serem formadas devido à discordâncias religiosas, porém mesmo
atravessando esse caminho que se forma quando dois lados discordam de um mesmo
ponto, com o avanço cientifico e social, as pessoas vêm cada vez mais seguindo
a razão do que o seu fervor religioso.
Conclui-se então que atualmente a
religião não pode curar nossos problemas, pode auxiliar raramente em questões
morais, mas não em soluções sociais.
RUSSEL, B. Porque não sou cristão: e outros ensaios a respeito de religião e
assuntos afins – Porto Alegre, RS: L&PM, 2009.
a religião não cura os todo os problemas em sí. Mas o simples fato dá ausência dela, priva o homem de qualquer compromisso com o bem.
A questão não é se creer é obm ou ruim. Na verdade o que ocorre é que a religião ocidental a tempos tem diminuindo sua esfera de influência, dando espaço a outros pensamentos. Isso afirmo na prática.
Por outro lado muitos ateus, como se estivesse movidos por uma ideologia fracassada (comunismo e socialismo), realizam de forma estupida e hipocrita, uma cruzada pertubando a paz e a honra daqueles que crêem em algo. Para alguns ateus radicais. Não basta não creer. Tem de forçar o outro a não creer, e caso este outro não aceitar não creer, pertubar sua honra sua paz.