Ao meu redor vejo as mesmas pessoas
Elas estão desgastadas como fotos de décadas passadas
Todas elas estão datadas e observadas por alguém
Cada foto é uma memória
Cada pessoa é o motivo da memória
Crianças brincam sem questionarem sobre a existência
Adultos trabalham sem questionarem sobre a vivência
Ninguém parece ter a resposta para tudo
Mas todos deveriam ter ao menos a pergunta para tudo
Só irão pensar o tanto que viveram quando ouvirem “feliz aniversário”
É o único dia que as pessoas conseguem voltar a si mesmas
Eu sei que sempre falo demais
Mas quando foi o momento que passamos a agir como se ser uma pessoa ruim é melhor que ser uma pessoa boa?
Fomos traídos? Fomos usados? Fomos magoados?
Se machuco meus dedos o sangue corre por minhas digitais
Como se corressem por um labirinto sem destino
E é assim que nós estamos nos sentindo
Sem destino, aprisionados num labirinto que está na palma de nossas mãos
Postar um comentário