Marianne

Eu sou egoísta, sou egoísta na minha vaidade, no meu orgulho e nas minhas síndromes, na minha solidão e melancolia.

Eu levo sempre as coisas para o lado pessoal, quando alguém comenta sobre algum defeito, eu aceito, me afeto, quando isso acontece, eu sou o centro das atenções, mesmo com a consciência de que a pessoa não está falando realmente de mim, mas dela própria, porque quando acusam um individuo é porque viram nele uma imagem deles próprios refletindo no individuo. Quando dizem que uma pessoa é fofoqueira, o verdadeiro fofoqueiro é quem pronunciou - afinal quem está apontando quem?

Se aceito o que uma pessoa diz sobre mim é porque aceito me tornar o que falam..

Se eu não aceito o que falam sobre mim, é porque atingi uma sabedoria e reconheci que sou aquilo que falo dos outros, da mesma maneira que eu sou aquilo que eu acuso outra pessoa ser. Somos todos os filhos do mesmo útero, estamos ligados e somos uma única massa, se eu acuso um ser, estou acusando á mim própria, porque mesmo que com os olhos da tolice eu não seja capaz de me ver no próximo, eu continuo sendo ele.

Sou egoísta porque me sinto o centro das atenções quando ando na rua, porque acho que todos os olhares estão direcionados somente á mim, aos meus defeitos, porque acho sempre que os comentários e as risadas irônicas são todas para mim... Sou egoísta na minha própria desgraça.

Se levo para o lado pessoal é porque estou concordando com a opinião dos que me apontam. Sou a expressão máxima do meu egoísmo, acho que tudo é sobre mim!

O que as pessoas dizem são venenos, cabe á mim decidir se devo ou não bebe-lo.

Como diz a sabedoria dos Toltecas (Aquilo tudo que ainda vou aprender):

Não levo as coisas para o lado pessoal. O que quer que você pense, como quer que se sinta, sei que é problema seu, e não meu. É a forma como você vê o mundo. Não se trata de nada pessoal, pois você está lidando consigo mesmo, não comigo. Os outros vão ter outra opinião, de acordo com seu sistema de crenças; portanto, nada do que pensem sobre mim corresponde a mim, mas a eles.
Marianne
Postado por Paulo Coelho em 25 de abril de 2009 às 00:15

Você não é o que aparenta ser nos momentos de tristeza. É muito mais que isso.

Ouça seu coração.

Lembre-se das pequenas lutas travadas em todos os dias de sua vida: você sobreviveu a elas. Só isto já é motivo de orgulho.

Enquanto muitos já se foram, por razões que nunca compreendamos, você continua aqui. Por que Deus levou pessoas tão incríveis, e deixou você? Porque sua vida ainda tem um sentido. Mesmo que não lhe seja claro.

Neste momento, milhões de pessoas já desistiram: não se aborrecem, não choram, não fazem mais nada. Apenas esperam o tempo passar.

Perderam toda e qualquer capacidade de reação.

Você, porém, está triste. Se ainda tem esta capacidade, é porque sua alma continua viva. E se sua alma continua viva, o Paraíso é possível.
Marianne

Três mil anos atrás, havia um ser humano,como eu e você, que vivia perto de uma cidade cercada de montanhas. O ser humano estudava para tornar-se xamã, para aprender a sabedoria de seus ancestrais, mas não concordava completamente com tudo aquilo que aprendia. Em seu coração, sentia que existia algo mais.

Um dia, enquanto dormia numa caverna, sonhou que viu o próprio corpo dormindo. Saiu da caverna numa noite de lua nova.

O céu estava claro, e ele enxergou milhares de estrelas. Então algo aconteceu dentro dele que transformou sua vida para sempre. Olhou para suas mãos, sentiu seu corpo e escutou sua própria voz dizendo:

"Sou feito de luz; sou feito de estrelas".

Olhou novamente para as estrelas e percebeu que não eram as estrelas que criavam a luz, mas antes a luz que criava as estrelas. "Tudo é feito de luz", acrescentou ele, "e o espaço no meio não é vazio." E ele soube tudo o que existe num ser vivo, e que a luz é a mensageira da vida, porque está viva e contém todas as informações.

Então compreendeu que embora fosse feito de estrelas, ele não era essas estrelas. "Sou o que existe entre as estrelas" pensou. Então chamou as estrelas de tonal e a luz entre as estrelas, de nagual, e soube que o que criava a harmonia e espaço entre os dois é a Vida ou intenção. Sem a Vida, o tonal e o nagual não poderiam existir. A Vida é a força do absoluto, do supremo, do Criador que cria tudo.

Foi isso o que ele descobriu: tudo o que existe é uma manifestação do ser que denominamos Deus. Tudo é Deus. E ele chegou à conclusão de que a percepção humana é apenas a luz que percebe a luz. Também viu que a matéria é um espelho - tudo é um espelho que reflete a luz e cria imagens dessa luz - e o mundo da ilusão, o Sonho, é apenas fumaça que não permite que enxerguemos quem realmente somos. "O verdadeiro nós é puro amor, pura luz", disse ele.

Essa compreensão mudou sua vida. Uma vez que ele soube quem realmente era, olhou ao redor para os outros seres humanos e para o restante da natureza e ficou surpreso com o que viu. Viu a ele mesmo em tudo - em cada ser humano, em cada animal, em cada árvore, na água, na chuva, nas nuvens, na terra. E viu que a Vida misturava o tonal e o nagual de formas diferentes para criar bilhões de manifestações da Vida.

Naqueles poucos momentos ele compreendeu tudo. Ficou muito excitado, e seu coração encheu-se de paz. Mal podia esperar para contar ao seu povo o que descobrira. Mas não havia palavras para explicar. Tentou falar com os outros mas eles não conseguiam entender. Eles perceberam que o homem havia mudado, que algo bonito se irradiava dos olhos e da voz dele. Repararam que ele não julgava mais as coisas e as pessoas. Ele não era mais como os outros.
Ele entendia os outros muito bem, mas ninguém conseguia entendê-lo. Acreditavam que ele fosse a encarnação viva de Deus, e ele sorriu quando escutou isso, e lhes disse: É verdade. Sou Deus.

Mas vocês também são Deus. Somos o mesmo, vocês e eu. Somos imagens de luz. Somos Deus". Mesmo assim, as pessoas não o entenderam.

Havia descoberto que era um espelho para as outras pessoas, um espelho no qual podia observar a si mesmo. "Todo mundo é um espelho, disse ele. Viu a si mesmo em todos,mas ninguém o viu como eles mesmos. Então compreendeu que todos estavam sonhando, mas sem consciência, sem saber o que realmente eram. Não podiam enxergá-lo como eles mesmos porque havia uma parede de nevoeiro entre os espelhos. E essa parede era construída pela interpretação das imagens de luz - o Sonho dos seres humanos.

Então ele percebeu que logo iria esquecer tudo o que aprendera. Queria lembrar-se de todas as visões que tivera; portanto, decidiu chamar a si mesmo de Espelho Enevoado, para que sempre soubesse que a matéria é um espelho e que a névoa do meio é o que nos impede de saber quem somos. Ele disse: "Sou o Espelho Enevoado, porque estou vendo a mim mesmo em todos vocês, mas nós não reconhecemos um ao outro por causa do nevoeiro entre nós. Esse nevoeiro é o Sonho, e o espelho é você, o sonhador". Espelho Enevoado, para que sempre soubesse que a matéria é um espelho e que a névoa do meio é o que nos impede de saber quem somos. Ele disse: "Sou o Espelho Enevoado, porque estou vendo a mim mesmo em todos vocês, mas nós não reconhecemos um ao outro por causa do nevoeiro entre nós. Esse nevoeiro é o Sonho, e o espelho é você, o sonhador".
Marianne

Então a jovem com aparência de um poltergeist, se vê diante de uma situação que ela mais odeia - a situação da paixão.

Resolve escrever uma carta, mas não encontra em si o mesmo romantismo que tinha, antes de conhecer o que seus livros velhos e cheios de poeira ensinavam, então teimou em continuar, mas achou rídiculas todas as suas palavras, porque ela entendeu que não escrevia para o ser amado, mas para si mesma.

Eis um trecho da decepção própria:


Caro G.,

[...]

Você não desperta o que é erótico, mas o que é essência. Talvez porque eu não confio na luxúria, nem sou dela uma escrava, para os praticantes sou menos humana por minha escolha, mas para mim – o ser mais importante no meu total egoísmo – me torno menos animal na ausência desse pecado. Por essa escolha ser uma luta individual, ela é travada desde o momento em que acordo, no momento que me dirijo ao leito e ela não se intervala nem nos sonhos quando durmo, o ser que domina seus próprios impulsos é um ser forte, eu chamo isso de virtude.

O amor é a essência da vida, somente quando ele existe em pureza e não pede por mutualidade, mas rapidamente sendo ele correspondido deixa de ser amor e se transforma em altruísmo, morre em si mesmo. Um amor silencioso dura uma vida e se deleita com o ser na cova; um amor livre é o tipo que todos desejam para si, mas não para outrem, por isso adoece; tem o amor santificado também que poucos conseguem explicar, como de um pelicano que sacrifica á si mesmo para satisfazer a fome de seus filhotes, ele é belo pelo simples fato de permanecer sendo amor, mesmo com atitudes altruístas, isso se torna um tanto cômico, como pode um amor tão incrível pertencer á classe dos animais também? Isso me deixa em dúvida da classificação humana, talvez instintos não devam ser tão negados assim, mas eu não coloco mais minhas mãos para queimar nesse tipo de fogo.
[...]
Com carinho R.M.
Marianne

O desespero surge quando estamos vivenciando uma determinada etapa da vida, da qual não nos agrada, quando estamos em uma situação oposta da qual queremos estar.

Se estou triste, eu não aceito tal tristeza, busco insaciavelmente uma maneira de anular ou diminuir tal sentimento, porém na maioria das vezes, essa tentativa em busca de resultados foge-me por entre os dedos, com esse efeito provoco em mim mesma mais sentimentos de tristeza e melancolia, o que me arrasta ao desespero.

Por não conseguir aceitar o momento atual, eu acabo por alimentar mais ainda o sentimento. Única maneira que encontro é aceitar tal sentimento, até que ele cesse em si mesmo, até que sua fase passe e as coisas voltem á estabilidade.

Como definimos o que é um bom sentimento e o que é um mau sentimento? Se estamos melancólicos quem pode acusar que tal comportamento seja ruim? A melancolia nos isola dos demais, andamos na rua, entre as multidões, mas nossa mente fica em um universo paralelo do qual o nosso corpo está; isso nos arrasta ao individualismo, por tal motivo de exclusão por decisão própria, o sentimento é julgado ruim por não ser algo que traga gratificações á ninguém, e o silêncio da melancolia é incômodo para os que estão do lado de fora de mim.

Até mesmo o amor, quando nos encontramos em um estado de paixão, mas racionalmente, pelas circunstâncias, pelas conseqüências e causas, sabemos que tal sentimento não irá nos fazer bem, por não termos tempo de nos dedicar ao amante ou nem ele á nós, tentamos ignorar o sentimento, fugindo de nós mesmo, mas quando mais tentamos evitar, mais aquele sentimento cresce, provocando o desespero interno, e em uma série de outros sentimentos nos arrasta á situações desagradáveis que nos marcam por longos tempos. Mas se aceitamos o que sentimento e deixamos o sentimento ali manifestando da maneira que está, ele se mantém, basta não tomar ação alguma para satisfazê-lo, apenas dar o espaço para ele existir, porque cedo ou tarde irá morrer.

Resumindo, se temos um sentimento, quando resistimos á ele e tentamos anulá-lo, ele cresce em vez de diminuir e inconscientemente nos arrasta á cometer ações ilícitas, mas se o deixamos manifestar dentro de nós, não estamos alimentando-o e nem tentando matá-lo de fome, simplesmente ele se cessa com o tempo, desde que não tomemos nenhuma ação para satisfazê-lo. Todo sentimento pode ser excluído, desde que não damos atenção e nem ação para ele reagir dentro de nós.
Marianne

Do frio e do quente, eu sou o morno;
Do preto e do branco, eu sou o cinza;
Do Amor e do Ódio, eu sou a racionalidade;
Do Sim e do Não, eu sou o silêncio;

Agora me perguntam, sou meio termo ou um termo inteiro? Eu digo, ainda não sou! Pois:

- Escolho, logo existo.
Marianne

"Somos donos de nossos atos,
Mas não somos donos de
nossos sentimentos;
Somos culpados
pelo que fazemos,
Mas não somos culpados
pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
Não podemos prometer
sentimentos...
Atos são pássaros
engaiolados,
Sentimentos
são pássaros em vôo".
Marianne

Die eine ist verliebt gar sehr;
Die andre wäre es gerne.

Uma está muito apaixonada,
A outra gostaria também de estar.



O Diário do Sedutor
Kierkegaard, Søren Aabye, 1813-1855
Os Pensadores
Abril Cultural, 1978
Marianne

Eu não nasci para ser jovem, minha juventude foi anulada pela minha sede do saber, eu deixei de ser criança e me tornei diretamente uma adulta.
Marianne

Um ataque de síndrome de pensamentos acelerados pega minha mente desprevenida, eu demoro para montar minha defesa, mesmo quando só três de meus homens estão vivos dentro dessa guerra eu anulo o ataque do inimigo.

Se eu pudesse falar aonde encontrei o inferno, diria que ele está nas avenidas dos meus medos, na esquina da minha mente, dentro do meu próprio pensamento, me infeccionando, absolvendo as energias que acumulo durante meu miserável dia.

Agora quando a noite cobre o céu, uma tristeza e um vazio inundam com ondas vagas o meu interior, porque amanhã será como foi hoje, a luta perdida contra esse humor bipolar com seus espinhos virados para todos que me amam, com arames farpados enrolando o meu próprio corpo, esses arames de timidez que afastam todos de mim sem dar a chance de mostrar quem eu sou...

Essa cerca elétrica de fobia social é ligada na força da síndrome do pânico. Eu sei que a chave desse cadeado está escondida em algum bolso dentro da minha mente, mas é tudo tão escuro, meus olhos não vêem e o tempo não me deixa procurar!

E quando todas aquelas pessoas me cercam, quando sinto a respiração de cada um passando por perto, quando sinto o calor queimando na pele de tanta juventude, minha respiração trava, eu converso com meu inconsciente, faço ele me responder ao consciente, mas ele se faz de mudo... Então perco minha cartela de balas brancas, recorro e escondo meu rosto na proteção dos meus braços, formando assim meu escudo...

Eu equilibrei meus pecados com minhas virtudes, são tantas qualidades úteis escondidas por debaixo dessa capa preta, elas recusam a sair e se expor em público. Posso controlar qualquer instinto mental e sentimental, mas porque minha mente fica preta quando luto contra ela?

E todos esses transtornos resolvem atacar quando preciso ser só eu dentro de mim mesma...

Talvez isso tudo seja um pesadelo de repetição, que garantia posso ter em saber que esse ar realmente é útil para meus pulmões?

Preciso destrancar algumas portas...
Marianne

Apenas se é tímido na medida em que se é visto, mas só se é visto na medida em que se vê.


O Diário do Sedutor
Kierkegaard, Søren Aabye, 1813-1855
Os Pensadores
Abril Cultural, 1978
Marianne

Ele não pertencia à realidadee, no entanto, tinha muito a ver com ela. Passava sempre a cima da realidade, e mesmo quando mais se lhe entregava, estava longe dela.


O Diário do Sedutor
Kierkegaard, Søren Aabye, 1813-1855
Os Pensadores
Abril Cultural, 1978
Marianne

O Amor é o sentimento mais irracional que se manifesta dentro dos indivíduos, sejam eles fortes ou fracos.

O Amor desperta a estética, a necessidade de se manter belo para atrair a sua caça, o belo é a arma fundamental e primordial para uma conquista.

Existem milhares formas e talvez até mais que isso de Amor, mas o tipo de Amor que estou refletindo é o Amor que nos provoca uma necessidade e um hábito de irracionalmente nos fazer focar a atenção em um único indivíduo, com tal intenção de fazê-lo ver em ti um ídolo, um centro, uma fonte de todas as coisas á qual o alvo irá desejar por longos dias, como uma droga, o desejo de se transformar em um tipo de “Mary Jane” sendo á única a trazer calma, de fazer surgir aquele modelo de mal do tipo: - quanto mais tem, mais quer.

Mas o Amor em si é de total egoísmo, não acredito em um Amor altruísta sem nenhuma intenção de beneficio, todo o Amor tem a sua intenção, mesmo camuflada em lindos poemas e buquês de rosas!

O Amor causa inferioridade, todo ser que ama, busca atingir uma perfeição intelectual, estética e física, essas três fontes nada mais são que uma rede á fim de pescar o ser amado, que uma vez presa nela, não se livrará tão fácil.

O Amor é a reação e a ação trabalhando constantemente dentro de um ser, é um desequilíbrio interior, é um cavalo selvagem que jamais deve sofrer com a prisão das rédeas.

O Amor é um monstro? O Pior dos sentimentos? Não! Jamais! É o mau uso do Amor que o torna tão terrivelmente e temível para os que já fizeram mau uso – como eu mesma.

Como dizia o Raul em sua música “As Maçãs”: O Amor só dura em liberdade [...]

Eis a chave mestra do Amor: - A LIBERDADE!

Muitos sofrem, muitos fazem sofrer, muitos morrem de pouco em pouco e matam de pouco em pouco, porque não aceitam e não sabe deixar livre aquilo que ama para fazer o uso do Livre Arbítrio.

O Amor é o Paraíso para quem o dele assim faz, porém pode se tornar o Inferno para quem não souber entender.

O Amor é uma máquina que só um especialista conseguirá manuseá-lo, de maneira correta, sem se machucar, mas nisso entra uma pequena contradição, esse maquinário só se torna especialista e capaz de amar, após machucar diversas partes de si mesmo nessa máquina sem manual de instruções.
Marianne

"No início, era o Verbo": todos nós conhecemos esta frase da Bíblia. O mais interessante é que Deus não é comparado com uma figura, um efeito da natureza, e sim com uma expressão gramatical. No meu ofício de escritor, sou obrigado a concentrar-me na importância das palavras, mas creio que todo ser humano deva sempre prestar atenção ao que diz e ao que ouve.

Precisamos dividir. Mesmo que sejam informações que todos já saibam, é importante não se deixar levar pelo pensamento egoísta de chegar sozinho ao fim da jornada. Quem faz isto, descobre um paraíso vazio, sem qualquer interesse especial – e em breve estará morrendo de tédio.

Não podemos pegar as luzes que iluminam o caminho e carregar conosco. Se agirmos assim, vamos encher nossas mochilas com lanternas, e teremos que nos livrar do alimento que nos dá força para seguir adiante: amor.

Precisamos receber estímulos, conselhos, informações. Mas às vezes, por insegurança, interrompemos uma conversa no meio, com medo de mostrar ao nosso interlocutor que desconhecemos aquele assunto. Qual o problema de aprender? Por que nos sentimos humilhados quando alguém toca em temas que desconhecemos? Ninguém tem obrigação de conhecer tudo.

Disse Albert Einstein: "Cem vezes por dia eu me lembro que minha vida interior e minha vida exterior dependem do trabalho que outros homens estão fazendo agora. Por causa disso, preciso me esforçar para retribuir pelo menos uma parte desta generosidade – e não posso deixar nenhum minuto vazio."

E, enquanto não inventarem um novo processo de comunicação mais direto que a palavra, teremos que nos contentar com ela, mesmo que às vezes seja pobre demais para descrever o que sentimos. O poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade diz, em uma carta ao seu neto:

"Admiro que ame nos vegetais a carga de silêncio, Luis Maurício / Mas há que tentar o diálogo, quando a solidão é um vício."

Conheço pessoas que não dão importância à palavra. Mas conheço também pessoas que têm medo das palavras.

Sim, é verdade que às vezes dizemos: "Puxa, faz tempo que não discuto com fulano"; ou "nunca mais tive uma gripe". De repente, no dia seguinte, pegamos uma gripe ou discutimos com fulano.

Então concluímos: se comentarmos as coisas boas que acontecem conosco, isto trará má sorte.

Nada disso. Na verdade, antes de qualquer problema, a Alma do Mundo nos mostra quanto tempo ficamos sem nos aborrecer com determinada coisa. Ela quer nos dizer como a vida tem sido generosa até aquele momento – e continuará sendo, se superarmos com bravura o obstáculo.

Fale. Dialogue. Participe. Nada mais desprezível que o "observador" acomodado e covarde. Sua coragem em expressar opiniões vai lhe ajudar a crescer em qualquer dificuldade. Fale das coisas boas da sua vida para todos que quiserem ouvir: a Alma do Mundo precisa muito de sua alegria; Deus ficará contente ao ver seu sorriso. Fale dos momentos difíceis que pode estar vivendo: dê uma chance aos outros de dar aquilo que você precisa, nem que seja apenas uma frase de conforto.

A palavra é poder. As palavras transformam o mundo e o homem. Os vencedores falam com orgulho dos milagres de suas vidas. Quanto mais energia positiva ao seu redor, mais energia positiva será atraída, e mais alegres vão ficar aqueles que lhe querem bem. Quanto aos invejosos, aos derrotados – estes só poderão lhe causar algum dano se você lhes der este poder.

"Minha dança, minha bebida, e meu canto, são o colchão onde minha alma repousará, quando voltar ao mundo dos espíritos", diz um sábio indonésio.

Portanto, use verbos, sujeitos, predicados, e cante suas alegrias e tristezas, mas cante todos os
dias de sua vida.
Marianne

Desde as noites dos tempos, os homens se reunião em torno das fogueiras e contavam suas histórias de batalhas, suas histórias de conquistas as emoções que eles tinham passado pela vida...

Foi pensando justamente nisso e pensando que a historia é a melhor maneira de se transmitir um conhecimento porque ela fala a alma e o coração, que eu resolvi aqui em casa gravar algumas histórias que marcaram minha vida.

Todos nós precisamos de amor, o amor faz parte da natureza humana, como faz parte da natureza humana comer, beber e dormir.

Já aconteceu com todos nós de contemplar um belo pôr de sol, ta numa bela paisagem, fazer uma linda viagem, mas como a gente ta sozinho, a gente não tem quem compartilhar aquilo, toda essa beleza se torna opressora, nos faz ficar menores, mais amargos porque dá vontade de ter alguém do lado e dizer olha que bonito fulano(a) e no entanto não tem ninguém ali.

Nesse momento então, a gente deve se perguntar quantas vezes nos pediram amor e nós simplesmente viramos o rosto pro outro lado. Quantas vezes a gente teve medo de se aproximar de alguém e dizer com todas as letras que estávamos apaixonados.

A solidão é muito perigosa, as pessoas acham que a solidão é confortável, porque ela nos evita sofrer. Carlos Drumon de Andrade tem uma linda poesia e nessa linda poesia ele tem um verso que diz o seguinte: “Admiro nos vegetais a carga de silêncio, Luís Maurício / Mas há que tentar o diálogo, quando a solidão é um vício.”

Eu conheço muita gente que com medo de sofrer escolhem a solidão, e ai quando as pessoas falam ou comentam qualquer coisa e dizem: não, não isso foi escolha minha.

Ora bolas duvido que a solidão seja a melhor escolha, às vezes é bom ta sozinho
Mais escolher ficar apenas sozinho, é preciso ter muito cuidado porque a solidão vicia tanto quanto as drogas mais perigosas!

Se na sua vida o pôr do sol começa a aparecer não ter mais sentido seja humilde e vá em busca de amor. Saiba que você vai evidentemente passar por algumas rejeições, vai ouvir uns não, vai ouvir certos comentários maliciosos, mas vale à pena lutar, vale a pena porque o amor como todos os outros bens espirituais ele vem em quantidade, quanto mais você dá, mais você recebe em troca.