Marianne

Um ataque de síndrome de pensamentos acelerados pega minha mente desprevenida, eu demoro para montar minha defesa, mesmo quando só três de meus homens estão vivos dentro dessa guerra eu anulo o ataque do inimigo.

Se eu pudesse falar aonde encontrei o inferno, diria que ele está nas avenidas dos meus medos, na esquina da minha mente, dentro do meu próprio pensamento, me infeccionando, absolvendo as energias que acumulo durante meu miserável dia.

Agora quando a noite cobre o céu, uma tristeza e um vazio inundam com ondas vagas o meu interior, porque amanhã será como foi hoje, a luta perdida contra esse humor bipolar com seus espinhos virados para todos que me amam, com arames farpados enrolando o meu próprio corpo, esses arames de timidez que afastam todos de mim sem dar a chance de mostrar quem eu sou...

Essa cerca elétrica de fobia social é ligada na força da síndrome do pânico. Eu sei que a chave desse cadeado está escondida em algum bolso dentro da minha mente, mas é tudo tão escuro, meus olhos não vêem e o tempo não me deixa procurar!

E quando todas aquelas pessoas me cercam, quando sinto a respiração de cada um passando por perto, quando sinto o calor queimando na pele de tanta juventude, minha respiração trava, eu converso com meu inconsciente, faço ele me responder ao consciente, mas ele se faz de mudo... Então perco minha cartela de balas brancas, recorro e escondo meu rosto na proteção dos meus braços, formando assim meu escudo...

Eu equilibrei meus pecados com minhas virtudes, são tantas qualidades úteis escondidas por debaixo dessa capa preta, elas recusam a sair e se expor em público. Posso controlar qualquer instinto mental e sentimental, mas porque minha mente fica preta quando luto contra ela?

E todos esses transtornos resolvem atacar quando preciso ser só eu dentro de mim mesma...

Talvez isso tudo seja um pesadelo de repetição, que garantia posso ter em saber que esse ar realmente é útil para meus pulmões?

Preciso destrancar algumas portas...
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