Marianne

Éramos tão íntimos, tão cúmplices e hoje somos dois estranhos um ao outro. Eu tentei levar no estilo de vida e todo sentimento que o rodeava até o nosso limite e então o limite foi alcançado e tive que aceitar suas mãos deslizando das minhas costas após ter dado o último abraço de adeus.

Já se passaram alguns anos desde então e eu não sei lhe dizer como me sinto sobre isso, é uma espécie de falta e de um orgulho ferido talvez, mas resumindo tudo eu me sinto tão insignificante quando relembro tudo o que vivemos, fui insuficiente...

Você sorria como um anjo, sua pele era de marfim e seu sorriso de perolas brancas que brilhavam me deixando apaixonada a cada dia, sua perfeição era tudo o que eu não podia ter, mas eu pude tocar.

Eu te ofendi porque queria que você me odiasse, mas foi tudo da boca pra fora, porque eu ainda te amo e não quero o seu ódio, quero o seu amor pra mim. Ninguém entende bem o que sinto, nem eu mesma entendo, mas tenho uma certeza: se você estralar os dedos estarei de joelhos aos seus pés!

Você me completava e sabia disso, e sem você estou incompleta. Queria poder falar como percebi o quão especial você era, o quão único e o quão importante você foi e ainda é na minha vida. Queria que você me falasse se há alguma maneira de parar esse sentimento que sinto por você, pois ele não me deixa ser nada além do que uma sombra que fica deitada aos seus pés.

Eu ainda te amo e não queria sentir mais isso, você era a idealização perfeita e materializada que surgiu, eu te desenhei e te dei vida, porque me deixaste ir embora tão fácil?

Queria que você lembrasse dessas coisas... nem que fosse por um minuto...
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