Postado por Paulo Coelho em 06 de junho de 2009 às 00:00
Numa aldeia do deserto, as frutas eram raras. Deus apareceu a um profeta, e deixou um mandamento: “cada pessoa só pode comer uma fruta por dia”.
O costume foi obedecido por gerações.
O povo da aldeia irrigou o deserto, e plantou mais árvores. As frutas começaram a surgir em abundância. Mas todos respeitavam o mandamento, e as frutas apodreciam no chão.
A lei continuava, pois o profeta que a recebera havia morrido.
Um novo profeta surgiu: “agora já podem comer quantas frutas quiserem”, dizia.
Foi apedrejado.
As pessoas começaram a achar Deus ridículo, por permitir apenas uma fruta por dia. Os jovens abandonaram a religião, para comer o que queriam. E na igreja ficaram os que se achavam santos. Mas na verdade eram pessoas que tinham pavor de mudar qualquer coisa.
Numa aldeia do deserto, as frutas eram raras. Deus apareceu a um profeta, e deixou um mandamento: “cada pessoa só pode comer uma fruta por dia”.
O costume foi obedecido por gerações.
O povo da aldeia irrigou o deserto, e plantou mais árvores. As frutas começaram a surgir em abundância. Mas todos respeitavam o mandamento, e as frutas apodreciam no chão.
A lei continuava, pois o profeta que a recebera havia morrido.
Um novo profeta surgiu: “agora já podem comer quantas frutas quiserem”, dizia.
Foi apedrejado.
As pessoas começaram a achar Deus ridículo, por permitir apenas uma fruta por dia. Os jovens abandonaram a religião, para comer o que queriam. E na igreja ficaram os que se achavam santos. Mas na verdade eram pessoas que tinham pavor de mudar qualquer coisa.
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