Marianne


Alguém belisque o meu braço, porque estou em um pesadelo e preciso sentir uma dor física para poder acordar da dor sentimental...

Sinto como se eu estivesse perambulando pelas estradas buscando algo que eu nem sei o que é, algo que se foi, algo que nunca existiu, algo que ainda está por ser... Eu espero encontrar no mínimo um caminho que não tenha curvas.
 
O vício de olhar para as pessoas e ver instrumentos em vez de indivíduos, faz com que eu sinta que eu também seja um instrumento que a todo tempo tentam usar, me usar. Você é percebido da maneira que você percebe, já sentiu isso? Paranóia... E um muro imenso se forma ao meu redor, tão sólido, tão resistente, que nenhum som parece ultrapassar, nem um terremoto parece conseguir balançar...

Não adianta me atingir com poemas, com versos, com rosas, com vinho, com canções, já conheço de cor a intenção por de trás de cada ação, se quer me atingir seja um monstro e então conseguirá chamar minha atenção para um jogo de poder.

Eu só queria vomitar todos vocês que estão travados no meu interior, tirar vocês das minhas lembranças, matar em memória como se mata em vida – com a certeza de que tudo chegou ao fim...
Marianne


Perdi o sono por uma bobagem que eu sabia ser uma bobagem. Mas não importa, tenho três linhas nas minhas mãos que se destacam e formam um M em cada, junto minhas palmas e a forma desses Ms é tão perfeita, tão igual, por isso fecho minhas mãos porque sei que isso ninguém irá me roubar...

Eu falei que a felicidade á dois não era um dote dado á mim por algum deus, porque eu não acredito em deuses, seres imaginários criados para estacar o buraco do desespero humano. Mas substituímos, substituímos as pessoas por dinheiro, por profissão, por fama, por diplomas e então irei substituir o máximo de pessoas que eu puder e lançarei elas em um nível mais baixo da minha vida, porque eu sei que eu nunca desço do degrau que eu acabei de subir, por nada nem por ninguém.

Eu não confio nas pessoas, conheci uma pessoa certa vez que namorava e traiu sua namorada com uma pessoa que ele nem conhecia, só de vista e é daí pra pior, amor para eu é respeito e respeito exige lealdade, se isso não é capaz de ser dado então não é amor, é interesse, é medo, é covardia, mas não é amor, “quem ama não despreza, não esnoba, não atira pela janela”... Eu tenho nojo disso, sinceramente, essas pessoas não deveriam existir.

Cada vez que vejo isso menos me interesso pela vida á dois.

É impossível confiar nas pessoas, porque são animais civilizados e como todo animal é cego de instinto, assim elas são...

Agora, nada melhor que um bom sono para apagar esse dia do meu presente.
Marianne
Lembrei de algo estranho hoje, após ver que passou um eclipse ontem de manhã...

28 de agosto de 2007

Nesse dia eu tinha escrito um e-mail, logo fiquei a madrugada toda assistindo esse fenômeno, estava frio, mas eu não saberia e nem sei ainda como explicar o que eu sentia naquela madrugada, mas de alguma maneira eu desejava algo e aquilo realmente realizou.




20 de fevereiro de 2008

Nesse dia eu recebi uma notícia amarga, uma decisão mútua que tinha que fazer, passei a madrugada observando o fenômeno semelhante, mas eu não pedi nada, eu me sentia anestesiada, então fiquei em silêncio e toda minha fé deixou de existir...




Em toda a minha vida, a imensa coincidência que ocorreu entre esses dois eclipses, será uma memória eterna e que jamais irá repetir, os eclipses talvez sim, a sombra, a lua, o sol, os planetas, por tempos longos que se mostram como infinitos, serão os mesmo, mas a história que eu vivi sumiu com a sombra que cobria a lua.
Marianne


Quantas vezes, em sonho, as asas da saudade
Solto para onde estás, e fico de ti perto!
Como, depois do sonho, é triste a realidade!
Como tudo, sem ti, fica depois deserto!

Sonho... Minha alma voa. O ar gorjeia e soluça.
Noite... A amplidão se estende, iluminada e calma:
De cada estrela de ouro um anjo se debruça,
E abre o olhar espantado, ao ver passar minha alma.

Há por tudo a alegria e o rumor de um noivado.
Em torno a cada ninho anda bailando uma asa.
E, como sobre um leito um alvo cortinado,
Alva, a luz do luar cai sobre a tua casa.

Porém, subitamente, um relâmpago corta
Todo o espaço... O rumor de um salmo se levanta
E, sorrindo, serena, apareces à porta,
Como numa moldura a imagem de uma Santa...
Marianne
L'assasymphonie
Mozart L'Opera Rock
[Letras Terra]

Cette nuit
Intenable insomnie
La folie me guette
Je suis ce que je fuis
Je subis
Cette cacophonie
Qui me scie la tête
Assommante harmonie

Elle me dit
Tu paieras tes délits
Quoi qu’il advienne
On traîne ses chaînes
Ses peines

Refrão
Je voue mes nuits
A l’assasymphonie
Aux requiems
Tuant par dépit
Ce que je sème
Je voue mes nuits
A l’assasymphonie
Et aux blasphèmes
J’avoue je maudis
Tout ceux qui s’aiment

L’ennemi
Tapi dans mon esprit
Fête mes défaites
Sans répit, me défie

Je renie
La fatale hérésie
Qui ronge mon être
Je veux renaître
Renaître

Refrão

Pleurent les violons de ma vie
La violence de mes envies
Siphonnée, symphonie.
Déconcertant concerto
Je joue sans toucher le beau
Mon talent sonne faux

Je noie mon ennuie
Dans la mélomanie
Je tue mes phobies
Dans la désharmonie

Refrão

Mozart L\\\'opera Rock - L\\\'assasymphonie Mp3
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Marianne

O violinista já começou a fazer seu violino chorar
E as cordas estão vibrando entre meu peito e o seu
Elas estão estourando e desafinando a melodia
A platéia está se retirando...

Pois não estamos sorrindo
Não estamos de mãos dadas
Não estamos mais debaixo do mesmo céu
Não estamos como duas pessoas justas diante um do outro
Pois esse tabuleiro de xadrez foi virado e o jogo mudou
Jogue todas as peças no chão com sua ira
O rei e o peão irão acabar na mesma caixa no final

É indiferente se você ri ou se você chora
Pois tudo aquilo que eu não vejo não existe
Você não existe, é nada mais que um vulto que assombra
Projeções nostálgicas de uma mente que perturba esse silêncio
Enquanto você cai, você sangra, você ganha, você perde
Essa corda estraçalha o rosto do incompetente violinista

Afaste-se, afaste-se, afaste-se cada dia mais de mim...
Marianne
Estava relendo alguns textos pessoais e antigos do blog, pensei e concluir: “puts, mudo mais de personalidade do que os minutos no relógio”.

Não nego, é tão difícil ser uma única coisa, manter uma única personalidade, parece que se as coisas ao redor não mudam, eu devo mudar no lugar delas, foi mais ou menos isso que percebi. Quando você muda, sua visão das coisas mudam e sua percepção te dá a impressão de que o externo também mudou.

Mas não nego, ao mesmo tempo que tudo muda, nada muda. O jeito de escrever se altera de doce para amargo, de culto á vulgar; sempre a mesma frustração como espinho na carne inspirando na escrita, algumas migalhas de coisas momentâneas que incomodou momentaneamente, fase que vem e vai, somem e revolta, angústia e buscas intermináveis em um espaço mental em caos.

Devo ser um transe agindo e enlouquecendo a mente da existência contingente.
Marianne
Vi a novidade no Twitter de uma amiga do novo clipe da Pitty, não me nomeio de fã, mas gosto das letras porque tem um sentido, bom, ai está a letra:

Pitty

O êxito tem vários pais
Orfão é o seu revéis
Aos que sofrem por fim o céu
Abranda raiva
O que trago sobre os ombros
É meu e é só meu
Sustento sem implorar a benção e o pesar
Mas vil é desdenhar do que não se pode ter
Vive tão disperso
Olha pros lados demais
Não ve que o futuro é você quem faz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça
Atribui ao outro a culpa por não ter mais
Declara as uvas verdes mas não fica em paz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça

O maestro bem falou
A ofensa é pessoal
Quem aponta o traidor
É quem foi traído
Já sabe o que é cair
Ao menos tentou ficar de pé
E vítima de si, despreza o que nunca vai ter
Mais verde é sempre além do que se pode ver
Vive tão disperso
Olha pros lados demais
Não ve que o futuro é você quem faz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça
Atribui ao outro a culpa por não ter mais
Declara as uvas verdes mas não fica em paz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça

Vive tão disperso
Olha pros lados demais
Não ve que o futuro é você quem faz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça
Atribui ao outro a culpa por não ter mais
Declara as uvas verdes mas não fica em paz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça

Ah porque.. O fracasso lhe subiu a cabeça (2x)
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Marianne
“A vida é como a chama de uma vela, quando menos esperamos, ela se apaga...”

Nessa simplicidade meu pai me explicava sobre o fim da vida...


Ela está chorando como uma vela
Sua cera desliza por sua face misturando com sua pele
Mas seu corpo ainda é caloroso como o ventre de uma mãe
E ela me abraça como quem tenta abraçar tudo o que sou
Esse ser egoísta que arrasta de mal gosto a própria existência
Ela é santa e diz ver Deus até mesmo no pior dos homens
Mas será que Deus está vendo ela agora?

Eu sei a diferença entre um abraço normal e um abraço de despedida
O abraço de despedida diz ser o último
Os braços do dono do adeus enrolam seu corpo como uma serpente venenosa
E não há volta para esse veneno
Ela me abraçou, um abraço nunca abraçado antes...
Seu perfume tinha o aroma do seu jardim
E eu notei que enquanto aqueles braços estivessem em mim
Ela estaria de alguma maneira prolongando sua própria ida

Que máquinas mais absurdas nos tornamos!
Tudo o que é orgânico tente á estragar
É um pedacinho aqui que paralisa
É um nódulo ali que surge do nada
E como a leve brisa alvoroça a triste chama á derreter mais rápido a vela
Vemos rapidamente a vida ser consumida em si mesma

Me abraça de novo e fica um pouco mais
Sente o mesmo sangue rasgar as nossas veias?
Só isso tem importância... Nosso sangue...
Os outros... Eu gargalho quando penso “os outros”...
Os outros se separam mesmo com uma vida intensa
Os outros não importam com família
Os outros, os outros, os outros... Não me importam mais.
Eu trocaria uma multidão de outros por um tempo mais com a senhora.

Eu não tenho fé, não tenho nada...
Mas sabe aquela vela bendita que a senhora me deu?
Dizendo que seria para iluminar meu caminho?
Eu confesso que faz um mês e só agora a acendi
Na esperança de ver algum milagre...
Na esperança de aumentar a cera da sua vida para que demore mais a se consumir.


Marianne


Oi meu bom amigo D., talvez o dia não seja tão especial para nós como está sendo para os outros, afinal, quando eu concluir esse texto já será um outro dia e talvez pensaremos juntos que foi só um dia como todos os outros.

Você me veio em mente, pois acho que de todos os amigos você é o que mais se aproxima da minha situação e por isso pode ser que seja o único a entender essa angústia, como se dividíssemos algo ou pudéssemos sentir o sabor do fel que ninguém sentiria como nós.

O “agora” do passado te pegou de surpresa assim como me pegou, pena que eles não entendiam como o “agora” era um tempo tão curto que mal conseguíamos pensar como agir diante daquela situação embaraçosa que nos provocava medo, incompreensão, escolhas rápidas... As maiores surpresas sempre nos pegam no “agora” e é difícil ter uma reação calculista.

Por um lado foi um pouco diferente o que passamos, mas as situações foram paralelas, de um lado, em um lugar longe você deixava alguém partir querendo te levar e do outro lado alguém partia e eu queria que me levasse, mas talvez hoje o que há de mais comum entre nós é um sentimento de que não deveria existir a partida, o adeus, a ida, a última cena...

Ás vezes caminhamos sozinhos como se na rua pudéssemos encontrar algo que perdemos, algo que não sabemos bem o que é, mas tudo indica que esse algo seja nós mesmos. Somos de certa forma tão individualistas, que na dor nos silenciamos e nos auto-consolamos, pois nessa dor evoluímos e descobrimos que estamos só dentro de nós mesmos e jamais ninguém poderá saber o que é ser o que somos, o que é sentir o que sentimos...

Você já temeu em pensar que ás vezes lutamos para provar algo não para nós mesmos, mas para aqueles que conseguiram atingir um espaço de nossa alma que ninguém nunca conseguiu afetar? Às vezes tenho medo de estar lutando pelo outro não por mim mesma, mas talvez o significado de tudo isso seja a importância de continuar seguindo, mesmo sabendo que um pedaço foi levado embora, há pessoas que não consegue continuar como continuamos.

Espero que um dia, quando a gente se ver possamos rir de tudo isso, um sorriso de sabedoria e não de lamentação, um sorriso de conquista e não um sorriso de máscara que esconde um rosto lagrimejado do passado.

Sim... Esse sentimento incômodo foi necessário para que pudéssemos começar a nossa história e desapegar da sombra do outro.

No fundo da alma, não nego, sinto que há um determinismo... Quem sabe, pois eu não sei, mas espero, espero que possamos sorrir esse sorriso o mais breve possível.

Feliz mais um dia da nossa existência!

Ah, talvez você questione se esse D. é você mesmo, bom, você sabe que é você mesmo, no instante que ver a inicial do seu nome. Meu bom e especial amigo.
Marianne
"Quando não sei onde guardei um papel importante e a procura se revela inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase "se eu fosse eu", que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar. Diria melhor, sentir.

E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos acomodamos acabou de ser levemente locomovida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas, e mudavam inteiramente de vida. Acho que se eu fosse realmente eu, os amigos não me cumprimentariam na rua porque até minha fisionomia teria mudado. Como? Não sei.

Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho, por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu fosse eu daria tudo o que é meu, e confiaria o futuro ao futuro.

"Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido. No entanto tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teríamos enfim a experiência do mundo. Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a nossa dor, aquela que aprendemos a não sentir. Mas também seríamos por vezes tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de algum modo adivinhando porque me senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é grande demais".




Marianne
MK E A DATA QUE NÃO COMEMORAMOS
I can't stay on your morphine


Marianne


O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO
Jô Soares

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!


PS: Recebi hoje esse e-mail, ri muito.
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Marianne
Às vezes fico parada pensando em algumas coisas, são nesses momentos que as pessoas sempre reclamam que passam por mim e eu não comprimento, mas tudo bem, eu realmente não as vejo.

Quando entramos para pesquisar algumas coisas na internet, sempre encontramos coisas que não tem absolutamente nada a ver com a intenção principal, é em decorrência disso que deixamos (até mesmo esquecemos) de fazer a pesquisa que deveríamos. Foi em um desvio de caminho assim que comecei a pensar como o “cenário” e o comportamento da época que eu estou vivendo, está tão estranho, tão, tão... Tão sem signos para expressar a totalidade de estranheza disso tudo!
Começando pela estética, reparei algo que é impossível não reparar, porque os seus olhos acabam seguindo sozinhos determinadas coisas, ou melhor, a sua curiosidade inconsciente faz você ficar olhando algumas coisas por um período desagradável, uma dessas coisas é algumas modas de acessórios, como óculos coloridos enormes que não são óculos de sol; não me arrisco a falar que seja de grau, pois eu estaria generalizando, porque sei que tem pessoas que usam para acompanhar outras pessoas que também usam e acompanham outras, enfim, um grupinho que acha “bonito” usar óculos que pega o rosto inteiro.Uma massa de perfis no orkut só tem fotos com esses óculos! Santa miopia!

A estética do cabelo também mudou, quanto mais diferente, melhor, então todos querem ser diferentes, e surge um grupinho de diferentes iguais! Em que todos têm cortes diferentes, mas coloridos como da Cyndi Lauper, que não é dessa geração e provavelmente essa geração nem sabe o que é, mas tem! E então há uma massa de cabelos coloridos e com cortes diferentes e o comum passa a ser o estranho, o cabelo de corte reto e de cor única perdeu a vez! Mas vez do que?

Mas opção estética é que nem o orifício por onde se defeca – cada um tem o seu. Também há um grupo que fala os consideráveis “palavrões” de forma falsamente intelectual, algumas pessoas usam até nome cientifico para determinadas coisas, mas tudo bem! E tem também o grupo de que os “palavrões” se tornaram parte do vocabulário cotidiano; lembro que eu tinha um determinado individuo como amigo, que ele falava tanto “palavrão”, que pensei até em aproveitar a oportunidade e escrever um dicionário, pois aprendi tantas palavras que a sociedade moralista (que também é um grupo) diz ser tão vulgar, e isso contagia, pois eu fui naufragada por atos falhos, que comecei a falar “palavrões” de forma inconsciente! Absurdo!

Tem outra coisa que percebi nessa época, o sarcasmo e a ironia tornaram uma arma poderosa, mas evitando metáforas, pois preciso parar com essa mania, visto que tenho uma professora que não compreende metáforas nas provas... Continuando, se você discute com uma pessoa e você for irônico e sarcástico, mas com inteligência, óbvio, você “humilha” o outro com facilidade e vence a discussão.

Há também o poder das críticas, ainda mais se essas forem irônicas e sarcásticas, se você for crítico, sarcástico, irônico, você pode se destacar em algum campo social, como na mídia por exemplo. Nadar contra a maré também te dá destaque – SEM METÁFORAS!!!! (to escrevendo pra mim mesma, não reparem...)

E deitar na sombra do outro também te da “poder”, mas há muitos degrauzinhos (desisto de não usar metáforas) para chegar ao poder através da sombra do outro, pois você precisa ser criativo em cima do trabalho do outro e por aí vai.

Porém nas críticas não posso deixar de citar um retardo mental ou reflexivo, talvez por causa da cultura, ou da massa, enfim, a culpa é sempre da maioria, mas já notaram que mulher quando vai criticar num impulso alguém, sempre critica um ponto estético físico da pessoa? E o homem quando vai criticar sempre generaliza? Principalmente quando é sobre mulher? Mas sobre o fato de eu estar generalizando o homem ao falar que todos eles têm manias de generalização não significa que eu seja homem. Arrumando: alguns homens quando criticam tem mania de generalizar. No Brasil também virou febre as manias de corrigir os erros ortográficos do outro, isso é bom e ruim ao mesmo tempo, ás vezes eu rio dos meus próprios erros dos outros também, mas imagine essa pressão social na infância, afinal, já que temos tantos profissionais na língua portuguesa, porque ainda há tantos erros? Mas isso é assunto pra outro cafezinho, eu exagerei no tamanho do texto hoje.

No mais, seria interessante conhecer o pensamento de alguns indivíduos sobre essa questão: Como você descreveria a sua geração para a geração futura? Considerando que isso ficaria na história. Levando em conta vários conceitos, sejam morais, estéticos, religiosos e assim por diante. Detalhe: nada daquelas expressões de “somos porra louca” (na verdade é algo como “nói somo poha loka”), “é nóis na fita” ou qualquer gíria que não fixou no meu psicológico até hoje.


Marianne
Febre insuportável queimando um organismo a meses
O reflexo no espelho é a maior mentira já vista
Mas o que importa os sentidos das coisas quando não os reconhecemos?
Na beira de um lago morto, deslizo minhas mãos na margem e um simples toque faz ondular a camada de limbo verde que protegia a superfície
Sinto medo do que essa superfície está escondendo de mim
Minha imaginação é tão intensa e criativa que cria o que jamais foi criado
Nunca estive tão indiferente com tudo, sem exceções, tudo, tudo, tudo...
A minha vida é um surrealismo, pura arte estacionada em uma tela
Eu só preciso agora de muitos doces coloridos para poder dormir
Pois quando deito eu sinto a certeza absoluta de que estou indo viajar para outro mundo
Um mundo que mais se parece como uma tela de cinema
Onde eu sou a personagem principal buscando algo infinito
Que deixa de ser infinito logo após a minha definição
Pura abstração de um dia nebuloso sem muito animo para ficar acordada... 

Marianne
“Se você tem vivido em desespero, então o que mais você ganhe ou perca, para você tudo está perdido.” 

KIERKEGAARD


Marianne

Why Did I Ever Like You
[PINK]

There was a 5.8 earthquake today
and it kinda got me thinking
I'd still have all
my hate for you in tact
even if I lost everything

What did I say
Why are you shaking your head
You know you done me wrong
I may be crazy it's all in my head
But I want you darling gone

Why did I ever like you
What did I see
Whatever it was must
have been some kind of illusion
A Magic trick on me

eh eh eh eh

(repeats for a bit)

It's hard to believe
I ever laughed at anything you said
Cos you're just not funny
Who would believe
I'd let you do all those things
Oh I guess the joke was on me

I tried to be zane
I've even asked all my friends
To help my let it slide
But all I see is your face
In my favourite place
And I can't help but wonder why

Why did I ever like you
What did I see
Whatever it was
must have been some kind of illusion
A Magic trick on me

eh eh eh eh (repeats for a bit)

Yeaaahhheee

I tried to be zane
I've even asked all my friends
To help my let it slide
All I see is your face
In my favourite place
And I can't help but wonder why

Why did I ever like you
What did I see
Whatever it was must
have been some kind of illusion
A Magic trick on me

eh eh eh eh (repeats for a bit)

Tell me why did I
Why did I ever like you
What did I see
Whatever it was must
have been some kind of illusion
A Magic trick on me

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Marianne
Edgar Allan Poe
por Fernando Pessoa

Annabel Lee

Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.

Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.

E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.

E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.

Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.

Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.
Marianne
Estive caminhando hoje por algumas ruas durante a noite fria, vendo pessoas encolhidas nos cantos da cidade, como se fossem mortos-vivos, sofrendo a overdose de existir... Eles andam como fantasmas, abandonaram tudo e se enchem de qualquer artifício que os ajudem a perder a consciência de si mesmos e dos outros... Será que viver na ignorância é evitar mais sofrimento? Não, isso não me convence, a ignorância permite que qualquer um faça o que quiser com você e isso é a pior de todas as coisas, notar sem reagir que você é apenas uma marionete esperando para ser enterrada.

A noite é fria nesse mês, mas ela costuma ser mais doce que o dia. Sempre pego um leve resfriado abusando de sua frieza, mas não consigo perder a sensação de sentir a brisa noturna, com aroma de flores á inundar esse quarto cheio de livros empoeirados.

Aproveito desse cenário e penso em todas as coisas que estão tão vivas em minha mente, encontro um sorriso enamorado, uma melodia de Bach, um quadro de quem se foi pendurado na parede, encontro também um calendário com uma data em vermelho no mês de janeiro com uma notícia amarga, encontro um ar engasgado na garganta não querendo sair e um olho que recusa a parar de chorar e vejo uma pessoa vazia em um mundo vazio. E essa pessoa está dentro de mim, está fora de mim e está ao mesmo tempo do outro lado do oceano...

Houve um tempo que a vida era somente primavera e verão, talvez isso foi o que era chamado de “juventude”, mas agora só é outono, um outono secando todo o cenário para que quando o inverno chegar, não haja absolutamente nada no caminho que impeça o vento frio á passear. É assim que me sinto quando penso em você, além do fato de reconhecer que aquilo que te deixa feliz me deixa triste; eu não posso fazer nada com isso e minha mente insiste em ter liberdade e a lembrar de tudo quando não se pode, quando preciso dela para coisas mais importantes que você, ou melhor, mais importante do que fomos.

Eu sinto como se minha alma estivesse sentada na beira de um mar nebuloso, onde nunca é dia, ouço os barulhos das ondas quebrarem em meus pés, e cada navio que vem é uma esperança do retorno de alguém que nunca mais virá.

Fecho os olhos e respiro vendo a sua imagem dormindo enquanto seus pulmões se drogam do ar que solto dos meus pulmões, e eu inalo o ar que você respira, porque é abençoado, é sagrado, pois passou perto do seu coração, aquele coração que eu dormi ouvindo a melodia de duas notas musicais em um compasso de curto tempo.

Estou como um quebra cabeça espalhado sem forma por cima da sua mesa, a minha identidade está tão longe do meu eu e a minha alma caiu debaixo da cadeira... Pensei que suas mãos poderiam me por no lugar e fazer com que eu encontrasse a minha paisagem real, mas suas mãos roubaram metade das minhas peças, levando então a possibilidade de algum dia eu por mim mesma conseguir me formar... Longe de você - sem você.


Marianne

...de qualquer maneira, é mais bonito acreditar que ele é visto em um quadro, colado na sua parede.