Alguém belisque o meu braço, porque estou em um pesadelo e preciso sentir uma dor física para poder acordar da dor sentimental...
Sinto como se eu estivesse perambulando pelas estradas buscando algo que eu nem sei o que é, algo que se foi, algo que nunca existiu, algo que ainda está por ser... Eu espero encontrar no mínimo um caminho que não tenha curvas.
O vício de olhar para as pessoas e ver instrumentos em vez de indivíduos, faz com que eu sinta que eu também seja um instrumento que a todo tempo tentam usar, me usar. Você é percebido da maneira que você percebe, já sentiu isso? Paranóia... E um muro imenso se forma ao meu redor, tão sólido, tão resistente, que nenhum som parece ultrapassar, nem um terremoto parece conseguir balançar...
Não adianta me atingir com poemas, com versos, com rosas, com vinho, com canções, já conheço de cor a intenção por de trás de cada ação, se quer me atingir seja um monstro e então conseguirá chamar minha atenção para um jogo de poder.
Eu só queria vomitar todos vocês que estão travados no meu interior, tirar vocês das minhas lembranças, matar em memória como se mata em vida – com a certeza de que tudo chegou ao fim...