Às vezes fico parada pensando em algumas coisas, são nesses momentos que as pessoas sempre reclamam que passam por mim e eu não comprimento, mas tudo bem, eu realmente não as vejo.
Quando entramos para pesquisar algumas coisas na internet, sempre encontramos coisas que não tem absolutamente nada a ver com a intenção principal, é em decorrência disso que deixamos (até mesmo esquecemos) de fazer a pesquisa que deveríamos. Foi em um desvio de caminho assim que comecei a pensar como o “cenário” e o comportamento da época que eu estou vivendo, está tão estranho, tão, tão... Tão sem signos para expressar a totalidade de estranheza disso tudo!
Começando pela estética, reparei algo que é impossível não reparar, porque os seus olhos acabam seguindo sozinhos determinadas coisas, ou melhor, a sua curiosidade inconsciente faz você ficar olhando algumas coisas por um período desagradável, uma dessas coisas é algumas modas de acessórios, como óculos coloridos enormes que não são óculos de sol; não me arrisco a falar que seja de grau, pois eu estaria generalizando, porque sei que tem pessoas que usam para acompanhar outras pessoas que também usam e acompanham outras, enfim, um grupinho que acha “bonito” usar óculos que pega o rosto inteiro.Uma massa de perfis no orkut só tem fotos com esses óculos! Santa miopia!
A estética do cabelo também mudou, quanto mais diferente, melhor, então todos querem ser diferentes, e surge um grupinho de diferentes iguais! Em que todos têm cortes diferentes, mas coloridos como da Cyndi Lauper, que não é dessa geração e provavelmente essa geração nem sabe o que é, mas tem! E então há uma massa de cabelos coloridos e com cortes diferentes e o comum passa a ser o estranho, o cabelo de corte reto e de cor única perdeu a vez! Mas vez do que?
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Tem outra coisa que percebi nessa época, o sarcasmo e a ironia tornaram uma arma poderosa, mas evitando metáforas, pois preciso parar com essa mania, visto que tenho uma professora que não compreende metáforas nas provas... Continuando, se você discute com uma pessoa e você for irônico e sarcástico, mas com inteligência, óbvio, você “humilha” o outro com facilidade e vence a discussão.
Há também o poder das críticas, ainda mais se essas forem irônicas e sarcásticas, se você for crítico, sarcástico, irônico, você pode se destacar em algum campo social, como na mídia por exemplo. Nadar contra a maré também te dá destaque – SEM METÁFORAS!!!! (to escrevendo pra mim mesma, não reparem...)
E deitar na sombra do outro também te da “poder”, mas há muitos degrauzinhos (desisto de não usar metáforas) para chegar ao poder através da sombra do outro, pois você precisa ser criativo em cima do trabalho do outro e por aí vai.
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No mais, seria interessante conhecer o pensamento de alguns indivíduos sobre essa questão: Como você descreveria a sua geração para a geração futura? Considerando que isso ficaria na história. Levando em conta vários conceitos, sejam morais, estéticos, religiosos e assim por diante. Detalhe: nada daquelas expressões de “somos porra louca” (na verdade é algo como “nói somo poha loka”), “é nóis na fita” ou qualquer gíria que não fixou no meu psicológico até hoje.
Marianne, gostei do teu texto! Teve uma parte dele que me chamou mais atenção e me motivou a escrever esse comentário.
Sobre a mania que algumas pessoas têm de criticar os diferentes modos de outros grupos sociais se expressarem. Esses "críticos" legitimam a sua violência simbólica porque se apegam na formalidade de dicionários e de um elitismo nostálgico de um português falado como nos livros de Machado de Assis. Formalidade essa que nem os próprios "críticos" tiveram qualquer tipo participação no nascimento. Eu acho isso uma forma cruel e covarde de discriminação contra os grupos sociais que reconhecem a sua identidade cultural pelo modo que utilizam a língua portuguesa (nesse caso).
Que putulância nojenta tem o indivíduo que chega pra outro e diz "meu amigo, você tá falando errado. O certo assim...!" Pro inferno! E sabe do que mais, Marianne?
Geralmente essas pessoas que falam "errado" não por coincidência são as menos favorecidas econimicamente, recebem menor destaque na mídia e inferior anteção é dada pelos políticos. Ou seja, é feio falar que pobre não deveria existir, falar mal do negro, do indígena; mas alguns "críticos" encontraram uma forma de driblar esse mal-estar ao falar mal de erros ortográficos, gírias, neologismos, etc.