Marianne
The Movie On Your Eyelids
Placebo

I always watch you when you're dreaming,
because I know it's not of me
I smoke a dozen cancer sticks
And imagine there are two or three ways to make you love me
And I'll dream of someone else,
become the movie on your eyelids,
The reflection of yourself
The reflection...of yourself

I cry when I listen to you breathing,
because I know there's nothing else that conjurs up that crushing feeling
To know there's no connection left,
that we're both going through the motions,
that we're both living somewhere else
And the movie on your eyelids,
there's no reflection of myself
There's no reflection...of myself
There's no reflection...of myself

I wanna be, I wanna be your movie
I wanna be, I wanna be your movie

Why can't you be me?
Why can't you be me?
Why can't you be me?
Why can't you be me?
Be me
Be me
Be me

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Marianne

Estou me abastecendo de tudo o que preenche a sua falta
Se em algum momento essas coisas não existiam enquanto você estava presente
Vejo que tudo o que é novo pode fazer com que eu abandone o velho que era você
Mas a sua imagem está colada em alguma parte que não é da minha visão
Sinto como se você fosse um vírus que me atingiu e eu tenho que me prevenir
Para evitar que volte, que volte a prejudicar o meu sistema... emocional.
Ser forte o bastante para afirmar: “I didn't love you anyway...”

Porque você era primavera quando tudo era melancolia de outono
Porque você era a melodia criada através do toque dos seus dedos no piano
Porque você era a sonoridade de “Tears In Heaven” que você mesmo tocava no violão
Porque você era a chuva e o vento na janela que me acordava no meio da noite
Porque você era tudo e agora simplesmente não é...
É apenas o silêncio, a ausência, a angústia, a memória, a incompreensão...
É tudo o que parece não existir mais...

É todas as palavras que ficaram engasgadas na garganta que me inflama toda manhã.

Agora toda a agressividade é uma defesa para evitar que, tudo aquilo que começa bem nunca me alcançe, por saber que sempre terminará mal...
Marianne
Certa vez me falaram: “Não se junte com os porcos, para que quando o dono da porcada chegar, não te confunda com um deles!” – Hoje entendo isso.

"Na minha mais hostil sinceridade irônica, após saber de todos os atos e ações imorais, que você - ser energúmeno – praticava por debaixo de sua máscara, afirmo que, a sua amizade foi, enquanto durou, a maior ofensa e vergonha para a minha pessoa, pois ter a sua presença, marcando o lado da minha imagem, era terrivelmente asqueroso, preferia ter uma legião de inimigos a ter que aceitar o fato de que um dia, a minha existência, foi poluída com a sua presença."

Pra quê fingir que perdoei? Tenho direito de ser estúpida verbalmente ás vezes. Depois escrevo "ns" motivos de rejeição ao outro.

Instante Cruel: [ ]On [X]Off
Marianne
Enquanto lia para a prova sobre as Linhagens do Estado Absolutista de Perry Anderson juntamente com o tema da Sociedade da Corte de Morbert Elias, notei que eu não lia nada. Sabe quando seus olhos estão ali trilhando as letras, mas sua mente está trilhando outro assunto absolutamente nada a ver com o que no momento você tem que considerar importante? Pois é, isso sempre me acontece, ai como todo individuo dessa década, recorro ao Google. Escreverei uma paranóia: O Google se tornou praticamente para nós aquilo que para os gregos era o Oráculo de Delfos, uma espécie de Pitia, você conhece a ti mesmo quando digita lá os sintomas e descobre a doença. Enfim tudo se tornou problema psicológico nessa época, tudo vem como epidemia.

O virtual determina o que você é e o que você deixa de ser, e o cômico – acreditamos nisso. Só pra dar uma ênfase, o virtual não deixa de ser um dos meios principais onde a sociedade atinge o indivíduo.

Então penso, que massa é essa? Me lembro de um comentário, de um debate mesmo em sala, que a reflexão era sobre o fato de que pertencemos á uma geração fraca, recorremos á todo tipo de remédio para todo tipo de dorzinha, por mais simples que seja, já não temos resistência física nem psicológica, e enquanto eles falavam eu pensava e pensava, é um efeito de reação em cadeia que temos, tomamos um remédio para um sintoma, só que tal remédio causa um efeito colateral, dor de cabeça por exemplo, então tomamos um outro remédio para a dor de cabeça, mas logo esse também causa um efeito colateral, insônia vamos supor, mas precisamos dormir e então tomamos algum tipo de calmante para isso, só que este também tem seus efeitos colaterais, e quando vimos já estamos tomando uma farmácia! O mais engraçado que todo mundo começa com os “remédios naturais”, é chá de alguma coisa, é suco de uma mistura de alguma folha, semente, flor, ai o efeito placebo passa ou o processo é muito lerdo e apelamos de vez para as drogas farmacêuticas. Isso não tem fim!

O mais engraçado é que para algumas pessoas é bonito falar que toma um remédio de tarja preta, timbre como um ato corajoso, quando na verdade é um ato de auto-destruição e não conservação como pensamos quando tomamos. É tudo muito... Irônico! Eu pessoalmente não suporto o início de uma enxaqueca sem neosaldina ou dorflex, veja bem, o início! Quem dirá a continuidade dela?

Mas enfim, é um dos mal-estares na civilização! Logo os corpos nem irão mais se decompor de tanta droga embutida durante a vida.


Marianne
Louco sempre foi aquele que fez coisas diferentes. Louco sempre foi aquele que esteve azul quando todos queriam ser verde. Louco é o individuo que não está de acordo com a normalidade da sociedade. – Eu sou louca.
A maioria das pessoas se desesperam quando estão tristes, enquanto eu paro, sento na beira da minha cama e fico questionando e analisando o sentimento de tristeza em mim e noto que não é desagradável, é somente um estado que impede que minha face expresse uma fisionomia oposta daquilo que sinto no momento e então quando menos espero, já não há mais tristeza, pois quando a descrevi para mim mesma, quando tive consciência dela, ela se limitou, se foi. Algumas coisas, ás vezes quase todas, não são e nem estão da maneira do nosso gosto, mas isso não me matou, não importa quantas metáforas eu use para descrever a dor sentimental de perda e de desgosto, elas não foram capazes de me fazer parar e a importância real está nisso.

A sociedade não sabe lidar com indivíduos indiferentes á ela, eu busco ser indiferente propositalmente, porque não gosto quando as pessoas aprendem a lidar comigo, é como se eu fosse manipulada 100% em tudo, meus pais sabem lidar comigo, sou escrava do amor deles e gosto e odeio, porque é um amor que é tão intenso, capaz de reduzir em um segundo todo o meu ser em pó. Lembro certa vez aos seis anos quando li o livro de Apocalipse 3, no versículo 15-16, uma passagem que era: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” Na época da ingenuidade, talvez nem tanto comparada com das outras crianças, eu acreditei que eu deveria ser o extremo de todas as coisas, o extremo positivo ou o extremo negativo e enfim o resultado foi uma formação moralista doentia. Mas agora, se Deus (anulando minha visão agnóstica) viesse em matéria e me falasse isto eu pediria para ele me vomitar, pois sou morna, não defendo e nem carrego nenhuma bandeira, não sigo uma multidão, não luto mais por uma verdade absoluta.

E se me perguntares qual é o sentido da existência a minha resposta seria “não há sentido, tudo é um acidente”. Digo acidente no sentido de inevitável e também trágico, por ser algo que até onde meu conhecimento alcança, não é algo que se escolhe.

Se existo, existo para me entender, visto que tudo o que procuramos mesmo inconsciente é conhecer, mesmo quando ainda não completamos um ano de idade, queremos tocar tudo, cheirar, morder, todos os nossos sentidos pedem para serem sentidos e então uma parte do nosso conhecimento é essencial ser empírico.

Conhecimento, seria a minha motivação existencial do princípio ao fim. E por isso eu sou louca, porque eu não me alienei totalmente ao consumismo da massa, nem ao conformismo mundial, ou melhor, universal. Sou louca porque penso, percebo, questiono e... Existo.
Marianne
"Os verdadeiros caráteres da ignorância são a vaidade, o orgulho e a arrogância."
(Samuel Butler)

"A enfermidade do ignorante é ignorar sua própria ignorância."
(Amos Bronson Alcott)

"A diferença entre os sábios e os ignorantes é a mesma que há entre os vivos e os mortos."
(Aristóteles)

"Se conhecimento pode trazer problemas, não é sendo ignorante que poderemos solucioná-los."
(Issac Assimov)

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Marianne
O GATO
Vinícius de Moraes

Com um lindo salto
Lento e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião
Passa de novo
Do muro ao chão

E pisa e passa
Cuidadoso, de mansinho
Pega e corre, silencioso
Atrás de um pobre passarinho
E logo pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado

Se num novelo
Fica enroscado
Ouriça o pêlo
Mal humorado
Um preguiçoso
É o que ele é
E gosta muito
De cafuné

E quando à noite
Vem a fadiga
Toma seu banho
Passando a língua pela barriga.

(Nick)
Marianne
"Um amor romântico, tanto na pornografia quanto na vida real, é a mítica celebração da negação feminina. Para uma mulher, o amor é definido como sua boa vontade para se submeter a sua própria aniquilação. A prova de amor é que ela está disposta a ser destruída por aquele que ela ama, pelo seu bem. Para as mulheres, o amor é sempre auto-sacrifício, sacrifício de sua identidade, desejo e integridade de seu corpo; para que satisfaça e se redima diante da masculinidade de seu amado". (Andrea Dworkin)

Até ao ponto de altruísmo concordo com Dworkin, mas acredito que, seja o lado feminino ou o masculino, sempre aquele que for mais empático, carente, será o que sacrificará mais de si, como a sua identidade e tal. "Sempre tem um lado que se dedica mais" - como li uma vez. Acredito que tenha mais a ver com fases da vida e experiência adquirida, pois se submeter ao outro(a) é uma escolha pessoal, independente do amor ou de qualquer outro instinto. Pois se o amor é a aniquilação para a mulher, como seria o relacionamento homossexual entre duas mulheres? Curioso isso não!?


Marianne
Muitas coisas aconteceram essa semana, cada pedaçinho desses acontecimentos eu peguei como uma espécie de “cacos” e acabei formando um mosaico – um mosaico de inconformidade.


Primeira coisa, o tipo de coisa que mais odeio: e-mails em corrente que tenta me comover mostrando imagens de vítimas em várias situações no mundo, como se eu não soubesse da situação mundial, como se falasse que a culpa é minha porque tenho uma vida considerada “boa”, como se tentasse me convencer que a minha vida será perfeita porque descobri que existem pessoas em situações piores que a minha. e que sou uma má agradecida O que eu deveria fazer? Cortar as minhas pernas e meus braços e me igualar para demonstrar o quão comovida fiquei após ver um e-mail totalmente escrito com um português “porco”, sem nexo algum, somente com algumas imagens pegas no Google? Não sei, a pessoa deve ficar coçando o saco e pra tentar fingir que é carismático cria essas idiotices. Em vez de ficar enchendo a caixa de e-mail com coisas sem noção, porque não vira voluntário em alguma instituição e coloca a mão na massa (em vez do saco) e vai ajudar alguma população que precisa? Penso que quando a pessoa exibe imagens de outras pessoas em um estado péssimo, não está ajudando em nada a humanidade, muito pelo contrário, está inferiorizando essas pessoas, usando elas como “exibicionismo”, ou um modo de chamar a atenção, não para o fato, mas para si mesmo, para que pense “oh, como ele é humano!”. Quem realmente se preocupa vai lá e ajuda, não fica exibindo isso como propaganda. Ficar reclamando que há muitas vidas que estão em situações críticas é fácil, mas se mover e agir, ninguém quer, enfim, falar é fácil né? Tenho certeza que 95% dessas pessoas que criam essas correntes não teriam a coragem de colocar a mão em uma ferida para fazer um simples curativo nessas pessoas. Odeio hipocrisia, para >aquele< que me mandou esse e-mail, espero que aprenda a agir em vez de ficar se auto-rotulando “o” preocupado com a civilização. Esse povinho calouro na área de saúde se acham os salvadores do mundo, mas os que mais falam menos fazem. Claro, não são todos, mas sempre tem os ignorantes poluindo as áreas de estudo por ai.


Segunda coisa que me veio em mente, foi quando li um post de um blog que acompanho falando sobre pedofilia, e castração química, o que achei interessante foi o destaque sobre o fato de que ninguém comenta que mulher também pratica o ato e a ação pedófila ou abuso sexual, ou seja, é sempre o homem o criminoso nessas áreas. Mas então volto com aquela afirmação – a mídia determina tudo. Veja bem, tudo o que a mídia exibe, todos se revoltam, a mídia divulga somente que o homem é o culpado nessas áreas, logo, a sociedade afirma e pega como verdade absoluta que o homem é culpado e ponto. Ninguém questiona sobre aquilo que lê, que ouve, que vê... Senso comum ao extremo. A mídia elege os candidatos, a mídia determina o culpado e a vítima, logo – se já não estiver assim – estarão substituindo o signo “justiça” pelo signo “mídia”. Em nome da mídia eu declaro isso e isso! Enfim, não querendo ser fatalista, a mídia tem um lado bom na sociedade, mas ainda não me inspirei pra escrever sobre isso.

Sabe quando você está terminando o seu dia e concluí "TÁ TUDO ERRADO"? Pois bem, estou nesse dia.


Marianne
Fui pesquisar sobre Jorge Luis Borges, que na matéria da Revista Veja sobre os gatos foi citado e encontrei alguns poemas de sua autoria que me chamou a atenção.


ARTE POÉTICA

[Tradução de Rolando Roque da Silva]

Mirar o rio, que é de tempo e água,
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que passam os rostos como a água.

E sentir que a vigília é outro sonho
Que sonha não sonhar, sentir que a morte,
Que a nossa carne teme, é essa morte
De cada noite, que se chama sonho.

E ver no dia ou ver no ano um símbolo
Desses dias do homem, de seus anos,
E converter o ultraje desses anos
Em uma música, um rumor e um símbolo.

E ver na morte o sonho, e ver no ocaso
Um triste ouro, e assim é a poesia,
Que é imortal e pobre. A poesia
Retorna como a aurora e o ocaso.

Às vezes, pelas tardes, uma face
Nos observa do fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela nossa própria face.

Contam que Ulisses, farto de prodígios,
Chorou de amor ao avistar sua Ítaca
Humilde e verde. A arte é essa Ítaca
De um eterno verdor, não de prodígios.

Também é como o rio interminável
Que passa e fica e que é cristal de um mesmo
Heráclito inconstante que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável.


UM CEGO

Não sei qual é a face que me mira
quando miro essa face que há no espelho;
e desconheço no reflexo o velho
que o escruta, com silente e exausta ira.
Lento na sombra, com a mão exploro
meus traços invisíveis. Um lampejo
me alcança. O seu cabelo, que entrevejo,
é todo cinza ou é ainda de ouro.
Repito que perdi unicamente
a superfície vã das simples coisas.
Meu consolo é de Milton e é valente,
porém penso nas letras e nas rosas.
Penso que se pudesse ver meu rosto
saberia quem sou neste sol-posto.



A UM GATO

Não são mais silenciosos os espelhos
nem mais furtiva a alba aventureira;
és, debaixo da lua, essa pantera
que nos é dado ver de longe.
Por obra indecifrável de um decreto
divino, buscamos-te com vaidade;
mais remoto que o Ganges e o poente,
é tua a solidão, teu o segredo.
O teu lombo condescende à morosa
carícia da minha mão receosa.
Estás em outro tempo. És o dono
de um espaço fechado como um sonho.
Marianne
Nana e Eu.

...porque o amor e a amizade não se limita apenas na humanidade.

~ ♥ ~


PROFESSOR SABICHANO

Freud disse que os donos de gatos os escolhem na tentativa inconsciente de adquirir suas características. Aqui, dez coisas que podemos aprender no convívio com eles, apontadas pela veterinária e gatófila Luciana Deschamps:

1. Relaxar "Gatos adoram uma preguiça e sabem aproveitar cada minuto em que ficam sem fazer nada"

2. Aproveitar o momento "Gatos fazem coisas divertidas mesmo quando não têm plateia"

3. Explorar "Eles querem saber tudo, ver tudo, mexer em tudo, e assim descobrem o que preferem"

4. Ter autossuficiência "Para o gato, ser independente não significa amar menos o dono, mas apenas não ser radicalmente dependente dele"

5. Mover-se "Não há andar mais elegante no reino animal que o jeito silencioso e suave dos felinos"

6. Alongar-se "Saber se esticar é fundamental para quem quer desbravar o espaço ao seu redor"

7. Comer com prazer "Gatos aproveitam ao máximo o alimento. Cheiram, brincam e só depois comem. É o gosto de experimentar coisas novas"

8. Ocupar espaços "Por que se deitar num cantinho, se você pode ocupar a cama inteira?"

9. Observar "Humanos acham que eles não prestam atenção, mas quase tudo o que os gatos aprendem é observando os donos"

10. Ter vontade própria "O gato não se submete. Deve pensar: ‘Pobre bípede, acha que vou fazer isso só porque ele quer’. E não faz".


"Os gatos fascinam os humanos, e não é apenas pela aura de mistério (ou, na definição de Jorge Luis Borges: "Por obra indecifrável de um decreto / divino, te buscamos inutilmente / mais remoto que o Ganges e o poente / tua é a solidão, teu é o segredo"). Com olhos grandes e puxados, cara pequena, focinho achatado e corpo macio, eles se encaixam num conjunto de características chamado de "esquema bebê" pelo biólogo austríaco e prêmio Nobel Konrad Lorenz, que nos anos 40 traçou e explicou pela primeira vez a semelhança. O "fator fofura", como é chamado, é formado por um conjunto de feições que lembram as de um bebê e que, por ditames autoexplicativos da sobrevivência da espécie, apareça onde aparecer, sempre desperta nos humanos imediata sensação de afeto e impulsos protetores. "O cérebro humano responde de maneira positiva a essas feições. Estejam elas num bebê, num gato ou num filhote de panda, todos vão estimular proteção e cuidados", explica a bióloga Melanie Glocker, especialista em neurociência social do Instituto de Biologia Comportamental da Universidade de Münster, na Alemanha. Por desencadear reações irresistíveis, o "fator fofura" desponta em toda parte (inclusive naquelas que envolvem o uso de cartões de crédito) e vai além de um simples conjunto de feições. "Qualquer objeto ou mesmo uma palavra fofinha ativa o sistema de recompensa do cérebro que libera dopamina e imediatamente nos faz sentir bem. É uma felicidade instantânea", diz a bióloga alemã."

Fonte: Veja

Marianne
O instinto de amar um objeto demanda a destreza em obtê-lo, e se uma pessoa pensar que não consegue controlar o objeto e se sentir ameaçado por ele, ela age contra ele.

(Sigmund Freud)
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Marianne

Na aula de Ética II, no dia 25 desse mês, foi apresentado pelo professor um documentário sobre Ética e Moral, vou ficar devendo o nome do responsável pelo documentário, mas logo coloco aqui a fonte e tudo mais.

De inicio notamos nos calouros um grande hábito de fundir ou confundir Ética e Moral, mas a apresentação desse professor sobre o tema é de uma simplicidade e curiosidade, que darei ênfase á alguns pontos exibidos, só mesmo de passagem.

Temos a Moral como um dever; poderíamos pegar como palavra-chave: “obrigações”.

Em Ética já questionamos a vida que queremos viver ou questionar “como devo agir?” – A Moral manda e a Ética comanda.

Pode-se também analisar a Ética como um desejo e a Moral como uma obrigação.

Outro ponto de análise desse professor foi sobre a Vergonha e a Culpa, dois pontos em que desenvolve a Moral.

A Vergonha já é manifestada a partir dos dois anos de idade na criança, ao momento em que ela já se reconhece no espelho e todo esse processo. Ele vai separar então dois tipos de Vergonha:

- Vergonha de ser olhado e ser percebido;
- Vergonha no auto-juízo negativo – julgar-se negativamente.

Segundo a pesquisa uma pessoa vergonhosa é mais moralista que uma pessoa sem-vergonha (não na visão do senso comum).

O medo é decair diante da outra pessoa e então o individuo torna-se juiz de si mesmo (culpa), logo se torna uma pessoa Ética e Moralista, pois ao lado em que busca seguir as normas impostas no convívio com os indivíduos da sociedade, trabalha dentro de si mesmo as suas virtudes que é uma característica da personalidade, e assim tornando-se ético, busca um bom modo de ser em convívio consigo mesmo e com o outro.

Pessoalmente falando, quando penso em Ética me questiono “que tipo de pessoa devo ser para o outro, que tipo de pessoa “boa” e justa; como devo me comportar.” Ética para eu é um exercício mais individual, um trabalhar consigo mesmo, diferente da Moral em que seguimos determinados “mandamentos” impostos para manter um convívio social melhor. Há também uma longa reflexão á não-Moral, mas isso é assunto para um tempo mais longo e não apenas uma “lista de tópicos” como essa.
Marianne

Em mim também

VI

Em mim também, que descuidado vistes,
Encantado e aumentando o próprio encanto,
Tereis notado que outras cousas canto
Muito diversas das que outrora ouvistes.

Mas amastes, sem dúvida ... Portanto,
Meditai nas tristezas que sentistes:
Que eu, por mim, não conheço cousas tristes,
Que mais aflijam, que torturem tanto.

Quem ama inventa as penas em que vive;
E, em lugar de acalmar as penas, antes
Busca novo pesar com que as avive.

Pois sabei que é por isso que assim ando:
Que é dos loucos somente e dos amantes
Na maior alegria andar chorando.



De outras sei

IX

De outras sei que se mostram menos frias,
Amando menos do que amar pareces.
Usam todas de lágrimas e preces:
Tu de acerbas risadas e ironias.

De modo tal minha atenção desvias,
Com tal perícia meu engano teces,
Que, se gelado o coração tivesses,
Certo, querida, mais ardor terias.

Olho-te: cega ao meu olhar te fazes ...
Falo-te — e com que fogo a voz levanto! —
Em vão... Finges-te surda às minhas frases...

Surda: e nem ouves meu amargo pranto!
Cega: e nem vês a nova dor que trazes
À dor antiga que doía tanto!



Por tanto tempo

XXIX

Por tanto tempo, desvairado e aflito,
Fitei naquela noite o firmamento,
Que inda hoje mesmo, quando acaso o fito,
Tudo aquilo me vem ao pensamento.

Sal, no peito o derradeiro grito
Calcando a custo, sem chorar, violento...
E o céu fulgia plácido e infinito,
E havia um choro no rumor do vento...

Piedoso céu, que a minha dor sentiste!
A áurea esfera da lua o ocaso entrava.
Rompendo as leves nuvens transparentes;

E sobre mim, silenciosa e triste,
A via-láctea se desenrolava
Como um jorro de lágrimas ardentes.

Marianne


Fingir amar a vida mais do que demonstra...

Pisando sobre a linha do limite onde prólogos nunca mostram mais do que queremos saber; mergulhamos fundo na loucura intelectual, aprendendo tudo sobre ética e moral, para interpretar mais uma (falsa) postura social...
Criamos nossa nobreza e nossa etiqueta engana bobos, somos exemplos, somos amados, somos odiados, somos temidos, somos... Simplesmente somos. - Somos traídos.

Buscamos uma visão melhor na ópera, buscamos a interpretação e o choro pessoal na arte de um atuante. Identificações, perdas de identidades, cópias, espelhos; estamos sendo colocados em uma forma que nos molda exatamente como devemos ser dentro da nossa comunidade.
Onde está a autonomia? Quando, como e onde saberemos que quem fala por nós somos nós mesmos?
A vida é um drama.
A vida é uma comédia.
A vida é uma comédia dramática.
Somos mestiços de personalidade, somos infectados pela cultura que nascemos... Influenciados, depósitos de deveres, de afazeres, somos escravos de nós mesmos.
Destruíram o banquete e construíram viciados em utilidades; humanidade que se sente bem quando se sente útil, a praga e a paranóia de servidão se tornaram tão grande, que até o dominador deseja ser dominado.
Marianne
O pior que perder seu óculos é precisar dele para encontrá-lo.


Marianne
"Aquilo que não consigo construir, não consigo entender"
Richard Feynman

(Frase criptografada, inserida no genoma sintético da bactéria).
Jornal - O Estado de S. Paulo - 21 de maio de 2010


PS: Queria viver mais uns 300 anos para ver a "evolução".
Marianne
Sempre costumo deixar esse blog como uma fonte de armazenamento das coisas que gosto, seja leituras e trabalhos pessoais ou letras de músicas e reflexões de outros blogs. Essa reflexão eu fiz após a leitura do livro de Santo Anselmo, estava relendo aqui e me lembrei da sensação que senti quando li no semeste passado essa obra. Segue o escrito:


SANTO ANSELMO DE CANTUÁRIA

MONOLÓGIO E PROSLÓGIO


Santo Anselmo, ao escrever o Monológio, direcionado ao arcebispo Lanfranco de Canterbury, tinha como objetivo transmitir através da sua reflexão por vias sensíveis e racionais, uma concepção lógica sobre a existência de Deus.

Sua obra é merecedora de uma profunda análise que nos leva a uma contemplação ao exercício filosófico feito por Anselmo, enfrentando questões sobre assuntos complexos de se chegar á um raciocínio convencional, como a fé, o nada, o tudo, a própria razão e a existência de uma natureza superior a tudo o que existe, assim como a própria criação dessa natureza.

A pessoa que, desejando para si todas as coisas que julga ser boas para si, em determinado momento irá buscar a fonte que produz tudo o que é bom, nessa busca será capaz de descobrir que as coisas que eram ignoradas de forma irracional, poderão ser compreendidas pela razão, é assim que, a partir desse pensamento Santo Anselmo inicia seus escritos.

Todas as coisas possuem em si algo bom, embora em quantidade maior ou menor, essa coisa boa é igual na fonte que a criou. Quando comparamos as coisas entre si, descobrimos que dois seres podem ter a mesma coisa boa em si, mas o mau uso dessa coisa boa no ser é que a torna mal, como Anselmo cita um exemplo, usando a força e a velocidade de um cavalo como uma virtude nele, e a força e velocidade como algo ruim em um ladrão. Devido a isso fica claro que, as coisas boas não são boas por si mesmas, mas por uma natureza superior a tudo o que existe e que é boa por si mesma.

A dialética de Anselmo sobre a existência das coisas fica da seguinte maneira, tudo o que existe ou provém de algo ou deriva do nada. Mas o nada não pode gerar coisa alguma a não ser o próprio nada, somente algo pode gerar algo, mas então tudo o que existe só pode existir se for gerado por algo, mas como algo pode surgir por si mesmo sem sair do nada?

Anselmo então elabora diversas hipóteses sobre o surgimento de tudo, sendo elas: as coisas surgirem de um início, por si mesmas, ou mutuamente. Mas as coisas não existem de forma mútua, pois um ser não pode gerar outro ser e de maneira inversa a isso, também as coisas não surgem cada uma por si mesma, pois se surgem, elas saem de uma fonte que tem a capacidade de surgir por si mesma onde todas as demais coisas surgem por si mesmas. Se todas as coisas surgem dessa causa, elas são menores que essa causa, pois tudo o que origina-se de outra coisa é menos que a causa que a produz.

“Conclui-se, assim, que deve haver um ser perfeitamente bom e grande; enfim, superior a todas as coisas, quer se denomine ele essência, substancia ou natureza.” (p. 17)

Enquanto todas as coisas procedem dessa natureza, essa natureza procede de si mesma e por isso torna-se superior e única a tudo o que há.

Para uma compreensão melhor, Anselmo usa de uma analogia da existência dessa natureza como a existência da luz, da relação que há em lux, lucere, lucens com a relação em essentia et esse et ens. Pois a luz ilumina, iluminando por si e de si, dessa maneira pode-se entender essa natureza suprema.

O que se pode pensar então dessa substância? Ela é existente em toda parte? Ela se encontra em todas as coisas e por todas as coisas, e todas as coisas existem dela, por ela e nela. Seguindo o pensamento, ela não tem um inicio e nem um fim, pois ela não se limita em um principio e nem em um fim e nada existiu antes dela e nada existirá depois dela, pois o nada não a precedeu e nem será posterior a ela de maneira alguma.

Mas a diante, Anselmo trata em referir-se a fé nessa natureza suprema, que assim como a fé opera pelo amor revela-se viva, mas a fé inativa, revela-se morta, ou seja, a fé viva consiste em crer naquilo em que se deve crer; e que, ao contrário, a fé morta é crer somente aquilo que se deve crer.

Essa natureza suprema é, portanto Deus, que não é somente Deus, mas o único deus, inefavelmente trino e uno.

No Proslógio, Anselmo trata de definir Deus da seguinte maneira: Deus é "do qual nada maior pode ser pensado", em outras palavras, ele é um ser tão grande, que não se pode sequer conceber um ser que seria maior do que Deus. O que é entendido existe no entendimento, assim como o plano de uma pintura que ele ainda tem que executar já existe no entendimento do pintor. Então, que além do qual nada maior pode ser pensado existe no entendimento. Mas se ele existe no entendimento, deve também existir na realidade. Portanto, se nada mais do que isso pode ser pensado que só existia na compreensão, seria possível pensar em algo maior do que ele (ou seja, que mesmo sendo existentes na realidade também).

Conclui-se que Ele é o que é, e será para sempre, seja no plano sensível, no plano inteligível, no plano material, incompreensível ou inatingível, no pensamento ou na realidade, ele é. Ele é inteiro em toda parte e a eternidade Dele é inteira e imperecível.


BIBLIOGRAFIA:


ANSELMO, de Cantuária. Monológio; Proslógio. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Marianne


"Ostras são moluscos, animais sem esqueletos, macias, que são as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, de pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas - são animais mansos - seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem.

Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário.

Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: "Ela não sai da sua depressão...". Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado na sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor.

O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de sua aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava o seu canto triste, o seu corpo fazia o seu trabalho - por causa da dor que o grão de areia lhe causava.

Um dia passou por ali um pescador com seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-a para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa.

Isso é verdade para as ostras. E é verdade para os seres humanos. No seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existia para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. Ele se perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse sentimento trágico da vida, não sucumbiram ao pessimismo.

A resposta que encontrou foi a mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artistas. Beethoven – como é possível que um homem completamente surdo, no fim da vida, tenha produzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa...”.

(ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérola. - São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008. - Página 11-12)
Marianne
[Estou me divertindo com os sarcasmos "desse livro", muito bom!]

Sobre direitos e avessos


"Consulte sempre um advogado. Você tem direitos. Consulte sempre um psicanalista. Você tem avessos..."

(ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérola. - São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008. - Página 53)
Marianne
Linguagem

Linguagem, essa mentirosa... Agora é moda falar em carros seminovos, em celulares seminovos. Isso é uma enganação. Ou é novo ou não é. Há coisas que não podem ser "semi": semivirgem, semigrávidas semi-honesto, semibom...

(ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérola. - São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008. - Página 49)
Marianne
Sobre o Tamanho

Se o maior fosse o melhor, o elefante seria o dono do circo.


(ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérola. - São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008. - Página 17)

Marianne


Em apenas um instante toda a sua eternidade é arranhada por uma memória que não se apaga...

Em apenas um instante você conhece o seu mestre e em apenas um instante você nunca mais o vê...

Em apenas um instante você encontra a pessoa perfeita que se encaixa mais perfeitamente na sua vida e em apenas um instante a pessoa ideal muda de país e nunca mais retorna...

Em apenas um instante você odeia o seu lar por descobrir que seus familiares não são como você e em apenas um instante você descobre que é suportavel viver sem um parceiro, mas sem uma família é angustiante...

Em apenas um instante você acredita que as pessoas são incriveis e em apenas um instante você descobre que elas são o pior do que você seria capaz de imaginar...

Em apenas um instante as pessoas irão te fazer rir e por mais que um instante te fará chorar inconsolavelmente...

Em apenas um instante você descobre que o amor é tudo e em apenas um instante você descobre que o amor é frustrações psicologicas...

Em apenas um instante você descobre que a felicidade é a finalidade e em apenas um instante você nota que ser feliz é apenas apreciar e ser triste é ter uma angustia devastadora que te faz criar as mais belas obras de artes, músicas, poemas e inúmeras coisas com diversos signos que inspiram em apenas um instante qualquer coração.
Marianne



Guiadas por uma brisa que vem de tão longe
Minhas palavras nunca te alcançam não importa quantas vezes eu as repita
Mais uma vez, meus olhos admiram algum lugar além de minha janela

Esta previsão não se alterou, eu ainda a sinto
Mas aqueles dias começam a ficar embaçados...

Enxergando através destes olhos cegos,
Como um pássaro engaiolado,
A luz deste sol da tarde é a mesma luz que te ilumina lá de fora

Esta previsão não se alterou, eu ainda a sinto
Mas aqueles dias começam a ficar embaçados aos pouquinhos...

Eu sinto que esta estação do ano que se passa verá minha promessa se quebrar
E mesmo que eu alcance minhas mãos meu coração pemanecerá distante

Por que você fica a olhar para o céu
com esses seus olhos embaçados?

Eu sinto que esta estação do ano que se passa verá minha promessa se quebrar
E mesmo que eu alcance minhas mãos, meu coração permanecerá distante

Eu sinto que nesta estação do ano que se passou, aquela pessoa preciosa pra mim
Olhou para trás, em minha direção, com aqueles olhos que suspiravam suavemente

Seus olhos embaçados... seus olhos embaçados
Seus olhos embaçados... meu coração
Seus olhos embaçados... ficará
Seus olhos embaçados... distante
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Marianne

Misguided Ghosts (Paramore)

Eu estou indo longe por enquanto
Mas eu vou voltar, não tente me seguir
Por que eu vou retornar assim que possível
Veja, eu estou tentando achar meu lugar
Mas talvez não seja aqui que eu me sinto segura
Todos nós aprendemos a errar

E correr
Deles, deles
Sem direção
Correr deles, deles
Sem convicção

Eu sou apenas um daqueles fantasmas
Viajando sem fim
Não preciso de estradas
Na verdade eles seguem você
E nós apenas vamos em círculos
Agora me disseram que essa vida
e dor é apenas um simples compromisso
Então nós podemos ter o que nos queremos disso

Alguém tenta classificar
Um coração partido e mentes perversas
Então eu posso encontrar alguém para me apoiar

Entao corra
Para eles, para eles
Toda velocidade a frente
Oh você não é
inútil
Nós somos apenas

Fantasmas perdidos
Viajando incesantemente
Aqueles que nós mais confiamos
Nos empurraram para longe
E não há um papel
Nós não deveriamos ser iguais
Mas eu sou apenas um fantasma
E eles continuam a me fazer ecoar
Eles me fazem ecoar em circulos
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Marianne
 
Deitada na grama verde sinto-me coberta por um céu cinza
O seu fantasma vem assombrar meus pensamentos
Mas um trovão corta o céu e eu sinto que nosso tempo de adeus está próximo
Com um ciclone pronto a estraçalhar em mil pedaços minha esperança
Eu nunca devo, eu nunca posso, mas eu sempre quero
A minha rotina é sempre quebrada em uma mudança drástica
Mas sempre algo novo me apresenta como que destinado
Porem você está indo e eu só vejo a sua silhueta vaga que vai e some
Como um pensamento incompleto jogado em uma tela qualquer...
Marianne
SCHOPENHAUER


Achei no youtube mais um documentário do mesmo trabalho de Alain de Botton, só que dessa vez é de Schopenhauer, um filósofo que deu ênfase ao amor. Muito boa a pesquisa, vale a pena ver e rever assim como o de Montaigne que postei á baixo.

Da série: FILOSOFIA - Um Guia para a Felicidade, com Alain de Botton.





Marianne


Às vezes na tentativa de mudar a realidade caímos em uma toca que mais se parece com um poço sem fundo, mas ao chegar ao fundo dessa toca, nos deparamos com várias portas grandes, porém todas trancadas, apenas a porta pequena está ao nosso alcance por ter uma chave, mas percebemos que não somos capazes de passar por ela. Lamentavelmente, diferente do conto de Alice, não há uma poção ou um docinho que nos permite mudar de tamanho para se encaixar em cada situação, embora a metáfora que podemos ver nisso é ser forte e fraco inúmeras vezes... Eu estava feliz só pelo fato de ter visto as portas, afinal, era uma oportunidade, uma possibilidade, mas eu não tinha o tamanho próprio para passar por alguma delas e acabei ficando no piso final da toca.

Definir quem somos não muda muita coisa, visto que para concorrer você tem que ser o que os outros querem, é um tanto absurdo ter que se anular para conquistar. Gostaria de saber se há ou houve alguém que NUNCA mentiu, que nunca puxou o saco, que nunca fingiu, que nunca interpretou, que nunca deixou de ser o que é para conquistar o que queria. Talvez eu tenha que deixar de ser “moralista” e dançar a dança dos porcos para conseguir se realizar.

Ainda me recordo da frase “Não viva a sua vida para agradar os outros, a escolha é somente sua e no final você estará sozinha nisso”... Que pena que a moral da história não se encaixa muito bem na realidade atual, todo mundo vive para agradar os outros com a intenção de conseguir alguma coisa e essa coisa sempre tem uma única finalidade – capital!

Talvez eu ainda pense e deseje uma sociedade utópica...

Marianne
 MONTAIGNE


Primeiro e único Filósofo que até pouco tempo me chamava atenção ao extremo era o dinamarquês Kierkegaard, mas nessa longa caminhada, conheci muitos Filósofos, mas agora surgiu um na minha percepção que mudou minha visão de mundo... Montaigne! Vou deixar aqui o vídeo, ou melhor, o documentário feito por Alain de Botton, que vimos em aula, para quem interessar, compensa ver cada pedaçinho até o final para entender um pouco da Filosofia desse doido e desse gênio! Ele será meu Filósofo das férias!

PS: O vídeo saiu um pedacinho cortado pois a incorporação nesse template que coloquei faz isso mesmo =(

Da série: FILOSOFIA - Um Guia para a Felicidade, com Alain de Botton.





Marianne
Sweet Dreams
Annie Lennox / David Allen Stewart


Doces sonhos são feitos disso
Quem sou eu pra desacreditar?
Viajando o mundo e os sete mares
Todos estão procurando por algo

Alguns deles querem te usar
Alguns deles querem ser usados por você
Alguns deles querem abusar de você
Alguns deles querem ser abusados por você

Eu quero usar você
e abusar de você
Eu quero saber o que tem dentro de você

Mexa-se, mexa-se, mexa-se,
Mexa-se, mexa-se, mexa-se,
Mexa-se, mexa-se, mexa-se,
Mexa-se!

Doces sonhos produzem isso
Quem sou eu pra desacreditar?
Viajando o mundo e os sete mares
Todos estão procurando por algo

Alguns deles querem te usar
Alguns deles querem ser usados por você
Alguns deles querem abusar de você
Alguns deles querem ser abusados por você

Eu vou usar você e abusar de você
Eu tenho que saber o que há dentro de você
Eu vou usar você e abusar de você
Eu tenho que saber o que há dentro de você


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Marianne

Vaga-lumes estão fingindo serem estrelas no meu quintal
Após a lua passar o dia todo fingindo ser sol
Está tão frio, mas todo o meu sangue pulsa devagar e não mais o sinto
Em algum canto da cidade ouço alguém tocando piano pela madrugada
E talvez por acidente alguém tocou os sinos da igreja
E esses sons choram a partida de quem foi para a terra do nunca
Meu cabelo já se confunde com uma cortina e eu não me importo tanto
Fecho meus olhos e esse vento gélido trinca meu rosto
As pessoas ao redor se tornam mobílias e eu não consigo mais vê-las
Nada está se movimentando...
Somente as folhas sendo secas pelo outono demonstram ter um pouco de vida
E eu estou aqui, minhas mãos ficam roxas, mas consigo escrever
Pois além de tudo, as lágrimas são as únicas coisas quentes a saírem dos meus olhos
Só quero me afastar daquilo que me angustia
Só quero me afastar daquilo que me inferioriza
Só quero me afastar de qualquer convívio prejudicial
Só quero uma casinha no campo perdida na Alemanha
Com alguns cachorros e gatos correndo pelos corredores
E uma lareira para aquecer a solidão amiga
Quero apenas que todos me esqueçam
Por mais que eu tente é somente no meu individualismo que eu consigo ser feliz com minha tristeza
Pois vivo em terra de cegos, embora eu não seja rainha nela...
E não perguntes por onde ando, pois estarei tão longe...
No final só restou um sentimento de que eu não passei de uma peneira para tentar tapar seu sol...
Marianne

"Tal como o fruto se separa da árvore, tal como a semente se separa do fruto, a alma separa-se do corpo. O Outono é a hora da separação. Separa-se o espiritual do material. À maneira de uma triagem necessária, existe separação a fim de preparar uma vida nova. As árvores perdem as folhas e despem-se. É preciso saber rejeitar o que nos estorva. É preciso aprender a separarmo-nos de tudo o que não somos nós próprios.
O Outono é também uma zona de passagem da semente e da renovação. Após a recolha do passado, de que a semente é símbolo, o Outono é a promessa do futuro. É preciso preparar a vida nova."


(Georges Stobbaerts)
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Marianne
"Em Setembro virão as marés vivas e depois o Outono começará a despir as árvores, antes que um céu plúmbeo se abata sobre nós e uma chuva sem remorsos varra da nossa pele os últimos vestígios de sal. A partir daí, ficamos à espera, outra vez. Pelos céus azuis, pelos peixes prateados, pela limpidez da água, pelos risos das crianças. Não quero que desesperes na espera: haverá sempre Verão, sempre, para além de nós mesmos, e por mais demorado que seja o regresso."

(Miguel Sousa Tavares)


Marianne

Tudo está tão diferente agora, queria tanto que você soubesse disso, embora você seja a última pessoa á se importar com as coisas que você deixou para trás.

“Quando eu por meus pés lá, começarei uma vida nova, novo emprego, novos amigos...” - Me lembro perfeitamente dessa frase, ela é estranha hoje em dia, pois queria te dizer que não importa o quão longe você vá, ou quantos amigos novos você faça, visto que você resolveu anular todos aqui, o velho, o antigo, o ultrapassado sempre estará contigo – pois é você mesmo.

Você sempre tentou me falar que havia coisas mais importantes que a bolha de ignorância que eu criei em torno de mim, óbvio que você não falou com essa brutalidade das palavras, mas hoje é assim que entendo, o horizonte é mais extenso do que o pouco que se mostra atrás das névoas distantes, basta querer e agir.

Agir, agir, agir, absolver até a última gota de resistência que meus olhos e meu físico suporta, até chegar o momento que desmaio em cima dos meus livros, na mesa da faculdade e no banco que se esconde atrás de uma sombra, onde vejo o céu e me questiono o dia que irei vencer você... Meu amor – meu inimigo.

Não sei por qual motivo essa ferida inflamou de novo, aquela imagem que memorizei de você, com aquele rosto claro e pálido, com o olhar distante e vazio, e um choro espremido, fugindo, como sempre fugindo... Você era profissional nisso.

Assim que esse frio climático passar, a ferida vai se fechar um pouquinho e vou me esquecer de você, por enquanto qualquer lacuna que surgir em mim, despertando o meu lado você em mim, irei me ocupar com o máximo de tarefas, mesmo que eu continue assim, noite após noite acordada, com medo de sonhar com você, com medo de sonhar cenas que mostram a minha imagem feliz ao lado da sua imagem.

Suspiro e me pergunto, de que astros viemos para aquele encontro?

Sabe de uma coisa? Às vezes é melhor não saber de nada... Afinal, como você sempre brincou comigo: - Passarinhos morrem todos os dias e não há nada a fazer sobre isso...
Marianne
Sentei sozinha na beira da minha cama, segurei um calendário antigo nas mãos e me lembrei de todos os anos bons que pertencem ao passado agora... Espero poder revê-los algum dia, como hologramas futurísticos, afinal, tudo é luz...

Passou o outono e voltaram mais três vezes, os verões eram coloridos demais para que eu vivesse e o frio do inverno sempre foi mais nostálgico, já a primavera era uma sensação de algo não vivido. Somei todos os dias desde que foi declarado que não poderia ver mais o seu rosto, e a soma desses dias se tornaram anos, tantos anos distanciando você de mim, tão longe que parece que foi ontem! Escrevi tantas coisas na sua ausência, uma ausência avassaladora e tão presente, mais presente que a sua própria presença.

Lembro o tanto que eu te falava e o tudo que por medo evitei te falar, mas á tempo, porém no final... Consegui falar que “te amo, mais do que ontem e menos que amanhã”... Você reconheceu a sinceridade dos meus sentimentos, pois eu abandonei a razão para te amar, mesmo sabendo que você abandonou a emoção para conseguir partir. Eu era altruísta por você, você sabia disso, talvez tirou seus proveitos, mas a escolha sempre foi minha, você sempre tentou fazer eu criar consciência sobre a responsabilidade das escolhas, embora você duvidasse, embora você tivesse seus complexos intelectuais e estéticos, acredite, você foi a melhor escolha que eu fiz, mesmo notando que o que restou agora é apenas o eco dessa escolha e não ela em si.

Eu morreria por você, metaforicamente – eu morri. Me anulei, fiz meu eu fugir de mim mesma, eu era muito dentro de mim mesma, tinha que tirar algumas coisas pra poder dar espaço para o tudo que você era, mas o vazio se intensificou e mesmo agora pegando tudo de volta que era meu, esse tudo não preenche a sua falta... Você é insubstituível, sei que corro o risco de tentar te substituir e me magoar, por isso casar com a sua ausência seria o mais aceitável a se fazer.

Me sinto em paz e em caos quando penso, lembro e sonho com você. É justamente a saudade que sinto de você que me destrói e me reconstrói – e assim sigo como quem não precisasse de mais nada para seguir.
Marianne
A a primeira letra do alfabeto é também a primeira letra da palavra amor e se acha importantíssima por isso! Com A se escreve "arrependimento" que é uma inútil vontade de pedir ao tempo para voltar atrás e com A se dá o tipo de tchau mais triste que existe: "adeus"... Ah, é com A que se faz "abracadabra", palavra que se diz capaz de transformar sapo em príncipe e vice-versa...

Com B se diz "belo" - que é tudo que faz os olhos pensarem ser coração; e se dá a "bênção", um sim que pretende dar sorte.

Com C, "calendário", que é onde moram os dias e o "carnaval", esta oportunidade praticamente obrigatória de ser feliz com data marcada. "Civilizado" é quem já aprendeu a cantar “parabéns pra você” e sabe o que é "contrato": "você isso, eu aquilo, com assinatura embaixo".

Com D , se chega à "dedução", o caminho entre o "se" e o "então"... Com D começa "defeito", que é cada pedacinho que falta para se chegar à perfeição e se pede "desculpa", uma palavra que pretende ser beijo.

E tem o E de "efêmero", quando o eterno passa logo; de "escuridão", que é o resto da noite, se alguém recortar as estrelas; e "emoção", um tango que ainda não foi feito. E tem também "eba!", uma forma de agradecimento muito utilizada por quem ganhou um pirulito, por exemplo...

F é para "fantasia", qualquer tipo de "já pensou se fosse assim?"; "fábula", uma história que poderia ter acontecido de verdade, se a verdade fosse um pouco mais maluca; e "fé", que é toda certeza que dispensa provas.

A sétima letra do alfabeto é G, que fica irritadíssima quando a confundem com o J. G, de "grade", que serve para prender todo mundo - uns dentro, outros fora; G de "goleiro", alguém em quem se pode botar a culpa do gol; G de "gente": carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.

Depois vem o H de "história": quando todas as palavras do dicionário ficam à disposição de quem quiser contar qualquer coisa que tenha acontecido ou sido inventada.

O I de "idade", aquilo que você tem certeza que vai ganhar de aniversário, queira ou não queira.

J de "janela!, por onde entra tudo que é lá fora e de "jasmim", que tem a sorte de ser flor e ainda tem a graça de se chamar assim.

L de "lá", onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do que aqui; de "lágrima", sumo que sai pelos olhos quando se espreme o coração, e de "loucura", coisa que quem não tem só pode ser completamente louco.

M de "madrugada", quando vivem os sonhos...

N de "noiva", moça que geralmente usa branco por fora e vermelho por dentro.

O de "óbvio", não precisa explicar...

P de "pecado", algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou.

Q, tudo que tem um não sei quê de não sei quê.

E R, de "rebolar", o que se tem que fazer pra chegar lá.

S é de "sagrado", tudo o que combina com uma cantata de Bach; de "segredo", aquilo que você está louco pra contar; de "sexo": quando o beijo é maior que a boca.

T é de "talvez", resposta pior que “não”, uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança... de "tanto", um muito que até ficou tonto... de "testemunha": quem por sorte ou por azar, não estava em outro lugar.

U de "ui", um “ài" que ainda é arrepio; de "último", que anuncia o começo de outra coisa; e de "único": tudo que, pela facilidade de virar nenhum, pede cuidado.

Vem o V, de "vazio", um termo injusto com a palavra nada; de "volúvel", uma pessoa que ora quer o que quer, ora quer o que querem que ela queira.

E chegamos ao X, uma incógnita... X de "xingamento", que é uma palavra ou frase destinada a acabar com a alegria de alguém; e de "xô", única palavra do dicionário das aves traduzida para o português.

Z é a última letra do alfabeto, que alcançou a glória quando foi usada pelo Zorro... Z de "zaga", algo que serve para o goleiro não se sentir o único culpado; de "zebra", quando você esperava liso e veio listrado; e de "zíper", fecho que precisa de um bom motivo pra ser aberto; e de "zureta", que é como fica a cabeça da gente ao final de um dicionário inteiro.