Às vezes na tentativa de mudar a realidade caímos em uma toca que mais se parece com um poço sem fundo, mas ao chegar ao fundo dessa toca, nos deparamos com várias portas grandes, porém todas trancadas, apenas a porta pequena está ao nosso alcance por ter uma chave, mas percebemos que não somos capazes de passar por ela. Lamentavelmente, diferente do conto de Alice, não há uma poção ou um docinho que nos permite mudar de tamanho para se encaixar em cada situação, embora a metáfora que podemos ver nisso é ser forte e fraco inúmeras vezes... Eu estava feliz só pelo fato de ter visto as portas, afinal, era uma oportunidade, uma possibilidade, mas eu não tinha o tamanho próprio para passar por alguma delas e acabei ficando no piso final da toca.
Definir quem somos não muda muita coisa, visto que para concorrer você tem que ser o que os outros querem, é um tanto absurdo ter que se anular para conquistar. Gostaria de saber se há ou houve alguém que NUNCA mentiu, que nunca puxou o saco, que nunca fingiu, que nunca interpretou, que nunca deixou de ser o que é para conquistar o que queria. Talvez eu tenha que deixar de ser “moralista” e dançar a dança dos porcos para conseguir se realizar.
Ainda me recordo da frase “Não viva a sua vida para agradar os outros, a escolha é somente sua e no final você estará sozinha nisso”... Que pena que a moral da história não se encaixa muito bem na realidade atual, todo mundo vive para agradar os outros com a intenção de conseguir alguma coisa e essa coisa sempre tem uma única finalidade – capital!
Talvez eu ainda pense e deseje uma sociedade utópica...
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