Marianne
Sou a sua estrela da manhã, solitária e temporal na madrugada...
Sou teu Judas, te entregando com um beijo doce e vermelho
Não sou fada, não sou anjo, não sou suas projeções
Sou o abismo que olha para você...
Uma louca que se equilibra na beira do muro, no escuro...
Um vento, um pensamento, um susto e eu voarei
Com meus braços abertos posso ser heroína
Posso tocar o céu com meus dedos
Deitada na beirada de uma planície deixo meus cabelos dançarem para você
Tenho meus sapatinhos de cristal e eu os curvos em reverencia
E com a beira de meu vestido ordeno uma valsa cega de pulsões
Sinta a chuva, sinta a chuva que sangra do cosmo
Deixe-se lavar, lave-se no deixar...
O demônio sempre teve olhos castanhos e uma vestimenta vermelha
Ele sorri para nós...
Você não precisa ser forte quando não precisa de mim
Eu preciso ser fraca quando não preciso de ninguém para fingir ser gentil
Essa poeira branca passa pelos meus pensamentos e eu não vejo mal
Como fugir de nós quando o nós está em mim e em você
Deixe a chuva sangrar para te pintar de vermelho...
Talvez eu durma mais alguns dias a partir de amanhã.
O céu ainda sangrará por nós?
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