Eu tinha tudo, agora não tenho nada, porque acreditava que tudo era um, mas descobri que o um não é tudo. Perdi meu poder porque perdi minhas crenças? Não há punição além do homem... É nesse pensamento que o mundo passou a ser errante, pois a priori era impossível fugir dos olhos de Deus, mas agora com a ausência Dele no homem, o homem se vê capaz de fugir do próprio homem.
Eu pensava “panteisticamente” (essa palavra não existe), que Deus estava na mínima folha pendurada na árvore distante, eu pensava que eu também estava lá, que tudo era uma rede que se ligava um ao outro, mas somos apenas pó, essa é a única verdade que é lógica, nascemos e vamos acabar na morte.
Agora sei que o que eu queria era estar no lugar daquelas pequenas folhas, que dançavam com a batida do vento em seu corpo, mas que não saia em sua juventude dos galhos de sua árvore, como uma filha que aproveita sua adolescência sem sair de baixo das asas de sua mãe. Mas metaforicamente, sou a folha que no seu tempo já não consegue permanecer nos galhos de sua origem, de suas crenças de suas tradições.
Estou sendo levado pelo vento, sinto que minha rotina atual está se rompendo e esses ventos me levarão á mudanças, sem um Deus a moral e a ética se perde ás vezes... Então me pergunto, o que irei me tornar desse ponto em diante? Provavelmente um ser pior e destrutivo - disfarçadamente - como sempre fui...
O amor ao próximo morre junto com a fé e com os contos de fadas mal contados.
O amor foi morto na cruz.
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