Marianne


Estou em um período da vida que estou enjoada das pessoas, ao meu redor todas essas pessoas andam em círculos, já não têm mais diálogos para se comunicarem com o próximo, só repetem e lamentam a mesma coisa e nunca fazem nada para melhorar a própria situação, se acomodam em seu desespero, preferem mil vezes viver uma mentira doce, do que enfrentar a verdade amarga, elas mentem para si mesmas, negam aceitar a realidade, gostam de viver sobre a pena, a dó dos outros. Adoram serem as vítimas da própria vida, recusam-se a tornarem-se as protagonistas da própria história.

O mundo tem tantas coisas novas e belas para serem descobertas, há tanta obra de arte na existência das coisas distribuídas por ai, mas ninguém liga mais para o perfume das flores, ou para aquela sensação que atravessa e inunda nosso ser, quando olhamos para o finalzinho da tarde e vemos um céu como uma aquarela, é no crepúsculo que respiro e penso: “todas as estações são sempre outono para mim”, há muitas belezas que só podem ser contempladas com a essência, não com os olhos...

A sociedade sofre uma epidemia de inferioridade e obsessão pelo outro, a sociedade é neurótica, psicopata, doente, mas esse não é o maior dos problemas, pois o maior é a pessoa saber de seu estado “lama”, e recusar-se em limpar-se.

Acredito que as relações sociais seriam melhores se as pessoas fossem mais firmes em seus diálogos, que o “sim” fosse “sim” e o “não” fosse o “não”, e que todos aprendessem a falar e receber o sim e o não da mesma maneira. Mas ninguém se contenta em cuidar da própria vida, porque a vida do outro é sempre mais interessante... A vida do outro é uma distração para que eu possa fugir da minha própria vida.
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