07
dez
Marianne


Estou em um período da vida que estou enjoada das pessoas, ao meu redor todas essas pessoas andam em círculos, já não têm mais diálogos para se comunicarem com o próximo, só repetem e lamentam a mesma coisa e nunca fazem nada para melhorar a própria situação, se acomodam em seu desespero, preferem mil vezes viver uma mentira doce, do que enfrentar a verdade amarga, elas mentem para si mesmas, negam aceitar a realidade, gostam de viver sobre a pena, a dó dos outros. Adoram serem as vítimas da própria vida, recusam-se a tornarem-se as protagonistas da própria história.

O mundo tem tantas coisas novas e belas para serem descobertas, há tanta obra de arte na existência das coisas distribuídas por ai, mas ninguém liga mais para o perfume das flores, ou para aquela sensação que atravessa e inunda nosso ser, quando olhamos para o finalzinho da tarde e vemos um céu como uma aquarela, é no crepúsculo que respiro e penso: “todas as estações são sempre outono para mim”, há muitas belezas que só podem ser contempladas com a essência, não com os olhos...

A sociedade sofre uma epidemia de inferioridade e obsessão pelo outro, a sociedade é neurótica, psicopata, doente, mas esse não é o maior dos problemas, pois o maior é a pessoa saber de seu estado “lama”, e recusar-se em limpar-se.

Acredito que as relações sociais seriam melhores se as pessoas fossem mais firmes em seus diálogos, que o “sim” fosse “sim” e o “não” fosse o “não”, e que todos aprendessem a falar e receber o sim e o não da mesma maneira. Mas ninguém se contenta em cuidar da própria vida, porque a vida do outro é sempre mais interessante... A vida do outro é uma distração para que eu possa fugir da minha própria vida.
0 Responses

Postar um comentário