Marianne
Eu estava no deserto, andando na companhia das minhas miragens e alucinações, até que olhei para o chão e vi que lá havia pegadas que o vento não apagou; o vento queria que eu as visse.

Então notei que eu não estava sozinha naquele deserto, coloquei os meus pés em cima das pegadas e vi o quão pequenino meus pés eram... Mas continuei seguindo até encontrar a sua silhueta, mas estava distante de mim, e ainda continua distante.

Embora você tenha uma companhia, embora você beba no mesmo copo de água de alguém e divida o mesmo prato, o mesmo teto, eu sei mais do que todos que você está caminhando nesse deserto da vida, assim como eu, pois se não estivesse, eu jamais teria te encontrado.

Você tem o silêncio, o vazio e a solidão que um deserto possui, sua alma é incomoda dentro de você, mas eu a vejo, a vejo como um manto de luz que te cobre. Você é anjo, você é sábio, você é uma criança que se perdeu dos pais, que se perdeu da igreja, você ainda se busca e não se encontra.

Mas eu quero tocar a sua silhueta, mesmo que seja outra miragem... Porque você é o ideal que eu quero ser.

-Mari-
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