"Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para dentro de um abismo, o abismo olha para dentro de você."
F. Nietzsche
É o seu desesperar minha canção de ninar
Fecho meus olhos, abro meus braços para a ventania gelada que parece cortar minha pele, e antes que o sol ofusque a estrela da manhã, olho lentamente para ela e faço um pedido infantil e como que por uma magia, sinto seu cheiro vindo na minha direção, passando pelos oceanos gélidos e chegando por nossos mares tropicais, então noto que o mundo é pequeno quando se trata de negócios, mas se torna tão infinito quando há dois corações partidos e distantes.
Acho que te deixei no escuro
Percebi tarde, porém a tempo, certos costumes errôneos e triviais que em uma época não me pertenciam, passaram a manifestar-se em mim, passei por uma época em que todo momento era sobrepujado por atos falhos, nada mais, nada menos que ações e expressões expostas sem pensar. Se você mergulha em um rio você acaba sendo levado por ele e por suas torrentes, mas seguindo a simbologia, já que sempre somos levados pelas águas sociais, é melhor mergulhar em um rio de águas limpas e não em um rio sujo de tanta ignorância.
A mídia! Entra então algo para colocarmos a culpa, afinal, se tem algo que eu considero ser realmente criado pelo homem é colocar a culpa em qualquer coisa ou em qualquer outro, então vamos colocar na mídia, afinal - há tantos afinais - é culpa da mídia (ironia!) o fato do ser humano ter a mentalidade de um primitivo e não ser capaz de controlar a si mesmo no consumo, na cópia, pois bem, esse fato da cópia me estimula nessa reflexão, já notaram como ninguém é como é? Sempre cópia de algo, sempre copiando algo, porque uma roupa deixou aquele ator (atriz) belo(a), as pessoas se alienam achando que se vestir a mesma roupa também ficará com a beleza deles; isso envolve tudo, cores e cortes, vamos copiar o que é belo mesmo sabendo que não somos belos!
O que mais vemos é tudo modelos iguais, lembro bem no primeiro curso que fiz na faculdade, as meninas da minha sala pareciam ser Xerox uma das outras, o mesmo modelinho americano que eu costumo chamar de “Barbie”, cabelo com chapinha e tingido de loiro, eu me confundia tanto com as cópias que não sabia quem era quem, tudo era o mesmo, mesma roupa, mesma maquiagem. Tinha também as alienadas no estilo fantasma, que seria a versão “dark” das “barbies”, cabelo preto com chapinha, parecia um jogo de xadrez no intervalo, peças iguais que mudavam somente as cores.
As pessoas recorrem aos meios estéticos pela infelicidade de ser o que é. Isso se verte em uma doença psicológica, e sabe o que é mais cômico nisso tudo? É a pessoa entrar em um estado que sabe que pode ter a consciência disso, mas nega, realmente a negação de si mesmo é tanto que preferem viver essa ilusão. O pior cego é aquele que não quer ver, ou melhor, o pior ignorante é aquele que nega a conhecer!
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