Marianne
O convívio social é tão doloroso como tentar sobreviver em um campo de guerra, mas nessa guerra nossa única arma é a inteligência e nosso escudo – as palavras.

Cedo ou tarde descobrimos “ou você se torna um monstro ou será controlado por um”, o que devemos nos tornar então?

Há pessoas que tentarão te manipular, há pessoas que você irá manipular e há pessoas que pediram para serem manipuladas. Conheço pessoas que se consideram estar bem com determinadas amizades, como são inocentes, se soubessem o jogo de interesses que rolam dentro disso, é fácil saber quem são os amigos, anule todas as coisas materiais que favorecem eles e então não restará mais ninguém por perto.

O cristianismo nos ensina e nos doutrina a sermos altruísta, vão, sigam em frente, Cristo foi altruísta e foi pregado na cruz “para salvar o seu povo”, salvar do que? Se os próprios demônios são nós mesmos? Como salvar-nos de nós?

Eu poderia falar a verdade, como Ele falou, e como Ele eu seria julgada de mentirosa e seria morta pelo meu próprio povo. Lamento, não quero morrer nas mãos de ignorantes que escondem seu desespero em bebidas, deixe que eles se matem por si mesmos.

Há pessoas que pensam “antes mal acompanhado do que só”, mas eu ainda mantenho o antigo pensamento de “antes só do que mal acompanhado”. Junte-se com os porcos e serás confundidos com eles.

Algumas pessoas se julgam donos da razão, mas nem sabem o que é a razão, agora eu compreendo porque são mortos aqueles que são sinceros, aqueles que voltam para a caverna tentando libertar os outros que insistem em ter a sombra da realidade como a própria realidade.

Todo mundo tenta transmitir uma aparência de santificação e amor ao próximo, mas assim que surge uma oportunidade, sempre passam uma rasteira nesse próximo para mantê-lo distante, pessoas que interpretam perfeitamente o papel de “coitadinhos” na esperança de adquirir para o seu lado o maior número de pessoas, mas desse livro eu já li muito, comigo não tem efeito.

No mais, quem não é comigo é contra mim, finalizo com uma reflexão de Rubem Alves sobre Bachelard:

"A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma."
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