Quando caminho pela biblioteca da faculdade, pensamentos me invadem e me pergunto: quantos mortos deixaram ali suas pegadas? E quantos vivos estão tentando marcá-las ainda?
A sociedade é a meu ver assim, uma imensa biblioteca, cada indivíduo é um livro, assim como um livro esse indivíduo possui uma capa, e assim como um indivíduo esse livro possuí uma face, que protege seu conteúdo interno, e dentro de si há inúmeros pensamentos que descrevem e muda o significado dessa capa, desse rosto, então me vem àquela frase antiga: “nunca julgues o livro pela capa”.
Socialmente falando, o que você tem buscado na biblioteca social? Livros ricos? Livros que falam o que você quer ouvir? Que te coloca num papel de vítima do destino? Você já tentou buscar livros que em vez de trazer resposta a você, provoque em ti perguntas? Você saberia responder para você mesmo e não para um sistema virtual “quem sou eu?”.
O que complica é que nesse “quem sou eu?”, muitos se perdem e envolve coisas como “o que eu represento para o outro, o que eu consumo, quais são os meus humores, minhas melancolias...”. Mas a questão não é o que você consome, o que você gosta, que roupa você veste, que livro você lê, com quem você anda, a questão é única: “QUEM É VOCÊ?”.
E então para fugir da pergunta, usam em vão um pensamento de Sócrates, “só sei que nada sei”, meus caros, Sócrates para afirmar isso, ele rodopiou pelas ruas de Atenas, ele perguntou e buscou resposta, morreu em busca da verdade, ele viveu aquilo que falou, ele sabia que nada sabia, então procurou saber, oras!! Não é a toa que seja ele um pilar na nossa história, então quando fores responder uma resposta cópia, copie também a vida de quem criou essa resposta, já que vai copiar – copie direito! Pois então entenderá o significado da frase “só sei que nada sei” e enfim entenderás “quem és tu!”.
-FME-
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